Quase uma bandeira vermelha

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O discurso emblemático do governador Eduardo Leite, na quinta-feira, 2, não foi à toa. A fala antecipou uma realidade que levou 10 de 20 regiões do estado a receber bandeira vermelha na classificação do Distanciamento Controlado. Com isso, dos 497 municípios gaúchos, 307 compõem as áreas com bandeira vermelha, o que representa 73,4% da população. Na lista, não está Venâncio Aires que, pode-se dizer, por pouco, não recebeu a classificação de risco alto e permanece em bandeira laranja. Segundo a Prefeitura, faltou 0,04 em um dos quesitos para que também fôssemos classificados com a bandeira vermelha.

A piora nos indicadores de propagação da Covid-19 não apenas ‘pinta’ praticamente todo o mapa do Rio Grande do Sul de vermelho, como também, acende o alerta vermelho para todos os gaúchos, que além da pandemia de coronavírus, começam a viver as semanas mais geladas do inverno gaúcho, as quais, historicamente, preocupam as autoridades de saúde em função das internações hospitalares que podem sobrecarregar o sistema de saúde devido aos resfriados e problemas respiratórios, comuns neste período. Conforme o governador, os próximos 15 dias “serão o período mais crítico do enfrentamento à pandemia no estado.”

Em Venâncio Aires, a classificação laranja permite seguir no mesmo ritmo de semanas anteriores, com comércio aberto e indústrias operando. No entanto, o alerta de que viveremos duas semanas cruciais, como alertou o chefe do Piratini e reiterou o prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, em transmissão ao vivo realizada no começo da noite desta sexta-feira, 3, convoca a população a reforçar todos os cuidados que, massivamente, as autoridades sanitárias e os veículos de comunicação vêm informando. Uma bandeira vermelha, traria restrições prejudiciais à economia.

No município, entraremos na 13ª semana desde que o primeiro caso foi confirmado, no dia 13 de abril. A Capital do Chimarrão já contabiliza 281 casos positivos para a doença. Destes, 267 pessoas estão recuperadas. Nesta conta, infelizmente, também estão sete vidas perdidas. Entre elas, a Dona Odete e Seu Salvador Vedoya, de 75 e 83 anos, respectivamente. A perda dos dois é relatada em reportagem especial, nesta edição, onde a neta deles, Maqueli Vedoya, conta o drama e compartilha a dor de uma família que teve seis pessoas que ficaram internadas, ao mesmo tempo, no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM).

Em respeito a eles e à saúde de cada cidadão, é preciso reforçar o isolamento. Não é hora de desistir. “Diante do momento mais crítico, a nossa melhor resposta ainda é a persistência”, disse Eduardo Leite.

Mais uma vez será a atitude e o comportamento de cada um que garantirá resultado, nos próximos dias e semanas. Talvez meses. É hora de unir forças para vencer a pandemia e torcer para que, logo, logo, uma vacina esteja à disposição da população.

É preciso que todos continuem respeitando o distanciamento social, usem a máscara (que é obrigatória) e façam a higienização constante das mãos, para evitar a disseminação do vírus. Quem puder, fique em casa neste período. É para o bem e saúde de todos.

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