PÉ NA ESTRADA
Por Ana Flávia Hantt*
Quem acompanha a seção ‘Pé na Estrada’ e também o projeto ‘@30ontheroad’ sabe que o sistema de ‘house-sitting’ é uma forma viável de viajar por um longo período. A modalidade – na qual nos hospedamos na casa de uma pessoa enquanto ela viaja, geralmente em troca de cuidados com animais de estimação ou plantas – proporciona também uma comunidade de viajantes.
É nessa plataforma, com membros de todo mundo, que é possível acompanhar um pouco da situação do turismo internacional. O que chama a atenção é a quantidade de pessoas que ainda não conseguiram voltar para casa devido à pandemia. Não raro, surgem anúncios solicitando house-sitters até dezembro de 2020. Nas mensagens, os donos das casas explicam que viajaram entre fevereiro e março e, desde então, não conseguem voos ou não estão autorizados a regressar. Eles solicitam viajantes que possam ficar nas suas casas até que consigam resolver a situação.
Há muitas pessoas ‘presas’ nos Estados Unidos (o país tem o maior número de casos de Covid-19 no mundo). Nova Zelândia e Austrália (países que adotaram medidas rígidas para contenção do vírus e fazem lockdown sempre que há picos de casos) também têm proibido a entrada de residentes.
Brasil
No Brasil, o sistema de house-sitting não é comum, mas a comunidade em torno do turismo de voluntariado também serve como termômetro. Nessa modalidade, os viajantes se hospedam de forma gratuita em hostels em troca de algumas horas de auxílio voluntário nas tarefas. Por aqui, as coisas estão ficando movimentadas também. Além das vagas habituais (disponíveis para todos os interessados em um website), nesta semana, também recebi em um grupo privado três oportunidades: uma no Rio de Janeiro e duas em Santa Catarina.