O anúncio de um cronograma de retorno das aulas presenciais, pelo Governo do Estado, com previsão para 31 de agosto, tem gerado debate entre autoridades municipais, professores e pais de estudantes.
Na terça-feira, 11, o governador Eduardo Leite apresentou a proposta para a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). As aulas presenciais deixaram de ser realizadas há quase cinco meses, por conta da pandemia do coronavírus.
A sugestão inicial do governo, que deve ser discutida pelas associações regionais dos municípios, é de que o retorno seja gradual e escalonado, nas redes pública e privada, começando pela Educação Infantil.
O cronograma valeria para as regiões que estiverem em bandeira amarela e laranja no mapa distanciamento controlado. A palavra final, no entanto, ficaria a cargo dos prefeitos, que terão a autonomia para decidir se há condições para o retorno presencial.
Confira o posicionamento das escolas privadas de Venâncio Aires
- Bom Jesus – A diretora do Colégio Bom Jesus Nossa Senhora Aparecida, Inês Schwertner, explica que a instituição já está com todos os protocolos de contingência elaborados para a retomada das aulas. No entanto, isso vai acontecer se for de acordo, tanto em nível estadual quanto municipal. “Se acontecer de o Município não estar de acordo, nós vamos respeitar e não voltar”, pontua. Ela também acrescenta que haverá uma compreensão para aqueles responsáveis que não quiserem que os filhos retornem devido à Covid-19. “Precisamos seguir as determinações impostas e, com elas, garantir a segurança dos nossos alunos.”
- Oliveira – O diretor do Colégio Professor José de Oliveira Castilhos, Jair Freitag, também ressalta que a escola já trabalha na elaboração dos protocolos exigidos, mas aguarda uma decisão do Estado e Município para retomar as atividades presenciais. Além disso, Freitag acrescenta que com a liberação da retomada será necessário organizar uma sistemática para aqueles pais que não desejarem levar o filho à escola devido à pandemia.
- Gaspar – O diretor do Colégio Gaspar Silveira Martins, Tiago Becker, explica que todos os protocolos de segurança foram elaborados e enviados para a aprovação. No entanto, a escola começa a planejar como será feito esse trabalho de retomada com as crianças, afinal, segundo o gestor, há a vontade das famílias em mandar as crianças para a escola, mas também existe a preocupação com a segurança delas. “Precisamos que essa retomada aconteça, mas que ela seja segura e confiável para todos”, defende.
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