Profissionais do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) contataram a Folha do Mate, nesta semana, para relatar a preocupação referente a testes para Covid-19. Segundo informado, funcionários estariam tendo dificuldade de acesso aos testes.
Uma funcionária, que preferiu não se identificar, afirmou que, mesmo quem não trabalha no setor de isolamento Covid-19 e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), eventualmente, tem contato com pessoas com a doença, mas não passa pelo teste. “Acabamos tendo contato, pois muitas vezes só se descobre depois que o paciente já está internado e só depois dessa confirmação ele vai para o setor específico”, explicou.
De acordo com ela, a preocupação ocorre porque, nos outros setores, não se tem a mesma estrutura do setor de Covid. “Usamos máscara e óculos, mas não temos face shield e macacão. Tenho medo de pegar o vírus, ser assintomática e passar a doença para meus familiares”, afirmou.
Segundo ela, quando o Município anunciou a testagem em massa, havia a expectativa de que os profissionais do HSSM fossem incluídos em um grupo prioritário para os testes, o que não ocorreu. “Tem gente fazendo teste particular, porque o hospital não dá. O que se comenta é que há medo de que, se testar, muitos funcionários tenham resultado positivo e precisem ficar afastados. Solicitamos os testes e não estamos sendo atendidos”, ressaltou.
Outra profissional que procurou a Folha do Mate também reforçou a preocupação com a situação. “Quando começou a testagem em massa e tinha um período destinado para profissionais da saúde, fui me informar e disseram que era apenas para profissionais do Município. Ficamos esperando, acreditando que haveria um momento para os funcionários do hospital, e isso não aconteceu.”
Contraponto
O presidente do hospital, Luciano Spies, disse não ter conhecimento da situação. Ele explicou que o protocolo do HSSM é de afastamento e testagem de todos os profissionais com sintomas respiratórios. “Quem apresenta sintomas, fica afastado e faz o teste de laboratório. Quando o diagnóstico é positivo, ele segue afastado. Quando é negativo, volta e passa por reavaliação do médico, antes de começar a trabalhar”, detalhou.
Spies observou, ainda, que todos os funcionários têm liberdade de fazer o teste rápido oferecido pelo Município, nas unidades de saúde ou no Centro de Atendimento Respiratório, no Pavilhão São Sebastião Mártir, se assim desejarem.
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