O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que, até o momento, foram confirmados 199 pacotes de sementes não solicitadas em 23 estados e no Distrito Federal. Todos os pacotes foram originários de países asiáticos, como China, Malásia e Hong Kong. Entre os estados que receberam os pacotes está o Rio Grande do Sul.
A orientação do Ministério é que as pessoas não abram pacotes de sementes não solicitados recebidos pelos Correios. Até o momento, não é possível apontar os riscos envolvidos. Desta forma, o pacote não deve ser descartado no lixo, a fim de evitar o contato das sementes com solo e sua germinação. As sementes também não devem ser plantadas, pois ainda não são conclusivos os estudos sobre os riscos.
O material está sendo enviado para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia, referência no assunto, onde serão realizadas análises para verificar eventuais riscos à saúde humana, à produção agrícola brasileira ou ao meio ambiente.
Orientações
Quem receber os pacotes deve entrar em contato com a Superintendência Federal de Agricultura de seu estado ou o órgão estadual de defesa agropecuária para providenciar a entrega ou recolhimento do material. O alerta vale para recebimento de sementes que cheguem do exterior de qualquer país e não somente da China, como vem sendo divulgado.
A importação de vegetais sem autorização pode introduzir pragas ou doenças que não existem ou estão erradicadas no Brasil, além de causar prejuízos econômicos. Para evitar o risco fitossanitário, o Mapa atua no controle do e-commerce internacional com equipe dedicada a fiscalizar e impedir a entrada de material sem importação autorizada no país. Não é possível ainda afirmar se essa ação está relacionada a alguma estratégia de marketing de vendas por e-commerce.
Vale destacar que a entrada de sementes no Brasil só pode ser originária de fornecedores de países com os quais o Mapa já tenha estabelecido os requisitos fitossanitários. Esse material deve ser certificado pelas autoridades fitossanitárias do país exportador.
LEIA MAIS: Rio Grande do Sul registra primeiros casos de recebimento de sementes não solicitadas do exterior
O ministério, antes de autorizar a importação da semente de determinado país, realiza análise de risco para identificar quais pragas podem ser introduzidas por aquelas sementes. A partir disso, ficam estabelecidas medidas fitossanitárias a serem cumpridas no país de origem para minimizar o risco de introdução de novas pragas no Brasil por meio da importação desse material.