A Polícia Civil de Venâncio Aires tem uma investigação em curso que apura uma organização criminosa que tem base em Venâncio Aires, mas ramificações em outras cidades e até fora do Rio Grande do Sul. Duas pessoas foram presas recentemente, uma está recolhida no sistema prisional e outras duas, foragidas. As acusações são de tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro.
A investigação pretende chegar até a pessoa que seria a responsável por lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Na tarde da sexta-feira, 2, com apoio de policiais da Delegacia de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Capital, agentes cumpriram um mandado de prisão e de busca e apreensão em uma casa, em Porto Alegre.
A intenção era prender uma mulher, apontada como a responsável pela lavagem do dinheiro. “Queríamos chegar até esta mulher, que é a responsável por transformar o dinheiro sujo em dinheiro lícito”, explicou o delegado Felipe Staub Cano. Os policiais também pretendiam encontrar documentos e outros objetos que comprovavam a participação dela no crime. Porém, a mulher, que não tem antecedentes criminais, não foi encontrada.
Prisões
Horas antes do cumprimento deste mandado, os policiais prenderam uma mulher de 25 anos, em Santa Cruz do Sul. Além dela, estavam atrás do companheiro, apontado na investigação pelo envolvimento com a organização criminosa.
No dia 5 de agosto passado, na residência onde o casal morava, em Venâncio Aires, a Brigada Militar apreendeu quase quatro quilos de drogas e um colete balístico. Foram 3,48 quilos de crack, 140 gramas de maconha e 70 gramas de cocaína. A mulher de 25 anos, que estava no local, foi presa, sendo liberada em seguida. Naquela oportunidade, o companheiro dela, que já foi preso por tráfico, não foi localizado.
A outra prisão foi feita na tarde da quinta-feira, 1º, na Capital do Chimarrão. Um rapaz de 20 anos, que tem antecedentes e já foi preso por tráfico, foi encontrado em casa. No local foram apreendidas uma porção de maconha e dinheiro em espécie (cédulas e moedas). O outro mandado de prisão não foi cumprido, pois o investigado já se encontra recolhido.
O trabalho da Polícia Civil prossegue. Segundo o delegado Cano, a primeira fase foi concluída e agora se inicia a segunda, com a análise do material para se conseguir delimitar o tamanho e atuação da organização criminosa.