As mudanças do novo Acordo Ortográfico registradas pelo jornal

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O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor em 2009, trazendo dúvidas e impactos no dia a dia das redações. Na Folha do Mate, as mudanças ocorreram de forma gradual e refletiram diretamente no trabalho produzido pelos jornalistas, que precisaram buscar mais informações e aplicar as novas regras gramaticais.

Para se adequar às novas regras, a equipe da redação participou de um workshop com o professor Paulo Ledur. De acordo com a professora mestre em Letras, Pamella Tucunduva da Silva, que na época atuava como revisora da Folha do Mate, o papel do jornal foi muito importante. “Em 2009, não se usavam as redes sociais e a internet como se usa hoje, portanto, muitas pessoas na comunidade dependiam das informações difundidas no impresso. O jornal era uma referência, por isso era essencial que apresentasse material de qualidade e bem escrito”, avalia ela, que também atuava como repórter.

Pamella lembra que o jornal divulgou as novas regras da língua portuguesa. (Foto: Divulgação)
Pamella lembra que o jornal divulgou as novas regras da língua portuguesa. (Foto: Divulgação)

Pamella lembra que havia um espaço no impresso destinado a explicar as novas mudanças ortográficas. As dicas despertaram a atenção de leitores como Maria Cristina Agnes Bencke, 53 anos. A moradora do bairro São Francisco Xavier ainda guarda algumas recordações daquele período. Na época, chegou a recortar os conteúdos divulgados.

Leitora assídua da Folha do Mate, Cristina também lembra que o professor de Língua Portuguesa Antônio Pilz Neto assinava uma coluna de opinião na Folha do Mate. “Há muito anos ele teve uma coluna no jornal. Escrevia sobre vários assuntos, inclusive sobre a própria língua portuguesa”, lembra a leitora. Ela também destaca a participação do professor José Valmor Borgmann (Juca), que também trazia dicas de gramática e língua portuguesa.

Segundo a leitora, o papel do jornal impresso foi muito importante na divulgação destes fatos. “O jornal deixa as pessoas a par de toda a situação. É uma forma de a comunidade se manter sempre atualizada”, considera.

Nos recortes de jornais, um resgate de memórias

As folhas amareladas de jornais têm espaço garantido prateleira destinada para livros e periódicos, na casa de Maria Cristina Agnes Bencke. Toda vez que encontra algo do seu interesse nas páginas da Folha do Mate e outros da região, ela recorta e guarda, para relembrar outras épocas e repassar informações às outras pessoas. Os livros, recortes de jornais, agendas e demais papéis arquivados têm um valor sentimental para a leitora assídua da Folha do Mate. “Guardo matérias da minha comunidade, de mensagens de autoajuda e de diferentes conteúdos”, afirma Cristina que gosta muito de ler a coluna Relembrando, de Sérgio Klafke, a coluna ‘Pela Europa’, de Solange Silberschlag, e também gosta de fazer as cruzadinhas.

O hábito de acompanhar as notícias locais e da microrregião acompanha a leitora há mais de 40 anos, desde que os pais Aloysius (in memória) e Venilda assinaram a Folha do Mate. “Faço uma leitura mais geral dos títulos, depois dos subtítulos e aquilo que mais me interessa, eu leio do início ao fim”, explica a industriária.

“Não costumo assistir televisão. Prefiro ouvir o rádio ou ler jornais, acho importante estar situado no local. Diante desta imensidão de informações, eu prefiro o impresso, que é algo mais palpável.”

MARIA CRISTINA AGNES BENCKE- Leitora da Folha do Mate

    

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