Diretor de Conteúdo da Folha do Mate, Sérgio Klafke é o profissional que atua há mais tempo na empresa. A primeira edição do jornal circulou em 6 de outubro de 1972. Nove meses depois, em julho de 1973, ele iniciava a trajetória na empresa, como auxiliar de entregador com Asuir Silberschlag, que realizava a entrega do jornal para assinantes.
Para Klafke, que já foi repórter, editor, chefe de circulação do jornal e é colunista político, a Folha do Mate exerce papel essencial no registro da história da região onde atua. Além disso, tem atuação voltada ao desenvolvimento local. Em entrevista, ele destaca que o compromisso com a comunidade está no DNA da Folha do Mate. “É nas páginas da Folha que está contado todo o desenvolvimento do município.”
Qual o papel da Folha do Mate no registro da história local?
Sérgio Klafke: Sempre entendi, desde cedo, que a Folha eterniza os fatos da história de Venâncio Aires. É nas páginas da Folha que está contado todo o desenvolvimento do município, todos os grandes fatos históricos, as nossas vitórias, as nossas tragédias, e, acima de tudo, todas as nossas conquistas, em todos os campos da comunidade.
Como a cobertura do jornal contribui com o desenvolvimento de Venâncio Aires e da região?
A Folha documentou fatos históricos como a chegada dos asfaltos da RSC-453, para Lajeado, e do Acesso Leopoldina, a instalação da telefonia automática, tudo isso nos anos 70. A Folha foi parceira de campanhas meritórias, como da ampliação do Hospital São Sebastião Mártir, da troca de telhado da igreja matriz, nos anos 80 e 90. Da vinda da Unisc, do IFSul, da criação do Museu, nos anos 2000.
O jornal sempre foi canal de reivindicação de cobranças para os grandes projetos do município. Muitas manchetes da Folha chegaram às mesas de governadores do Estado, destacando clamores da comunidade. Como em 1994, quando a Universal Leaf Tabacos fechou a unidade Fumossul em Venâncio Aires, deixando duas mil pessoas sem emprego, e o governador Alceu Collares interveio e a fábrica não fechou. Também com a governadora Yeda Crusius, em 2012, com uma Folha do Mate sobre a mesa, na reunião de reivindicação pelo recapeamento do Acesso Leopoldina para a Fenachim de 2012.
A Folha do Mate tem como missão ‘Informar e desenvolver com cidadania’ e o slogan ‘Parceria com a comunidade’. De que forma isso influencia a linha editorial do veículo e a definição das pautas?
A verdade é que o slogan e a missão institucional surgiram da linha editorial da Folha, que sempre foi muito voltada às comunidades onde atua. Dificilmente existe um jornal do interior que dá tanta atenção, espaço e cobre as atividades das mais importantes até as mais simples, onde o assinante se vê e vê que o jornal está preocupado com ele, para cobrar o buraco na rua, a falta de água, de luz, com as demandas que as comunidades têm.
Apesar do foco local, a Folha do Mate também noticia fatos nacionais e internacionais. Como se dá a definição desses assuntos?
Mesmo na circulação diária, a Folha manteve o foco no local e suas principais manchetes e notícias sempre foram da microrregião que cobre, pois entendemos que os grandes assuntos nacionais e internacionais a TV já mostrou, o rádio já deu. O jornal impresso precisa ir além, mostrar o impacto daquele fato aqui na comunidade. Assim, sempre defendi a abordagem de pautas de assuntos que estão distantes de nós, mas que nos impactam num mundo cada vez mais globalizado.
1972 a 2020: a evolução do jornal no decorrer da história
Há exatos 48 anos, a Folha do Mate circulou pela primeira vez. O primeiro editorial destacava o nascimento de “um jornal jovem, dinâmico, moderno e ativo”. Além disso, a Folha do Mate se apresentava como “um jornal otimista”, que tem como foco “comunicar, divulgar e impulsionar o desenvolvimento de Venâncio Aires”. Nos dois primeiros anos, o impresso teve circulação semanal, nas sextas-feiras. Após, foi ampliando os dias de publicação.
Nas quase cinco décadas, a Folha do Mate mudou sua identidade gráfica, se modernizou e ganhou novos elementos. As capas e em algumas páginas internas do jornal passaram a ser coloridas em 11 de maio de 2001. Desde 8 de junho de 2017, o jornal é todo colorido.