Empresas de Mato Leitão se preparam para a temporada de vendas de sorvetes e picolés

-

Com a chegada dos dias quentes, a procura por refrescos aumenta. Entre os alimentos usados para amenizar o calorão estão os sorvetes e picolés. Em Mato Leitão, as duas fábricas do ramo já trabalham pensando nesta temporada de vendas. Na Sorvetes Urso Branco, localizada na rua Cônego Pedro Henrique Vier, no Centro, tradicionalmente, a produção para o verão se inicia no mês de agosto.

De acordo com a sócia-proprietária Diana Alves, 41 anos, os funcionários já estão trabalhando na formação do estoque de produtos e na produção para entregas nos pontos de venda, uma vez que os pedidos desses estabelecimentos começam a ser feitos entre o fim de outubro e o início de novembro. A comercialização permanece enquanto o calor durar. Contudo, a queda começa a acontecer, normalmente, no mês de março. Apesar disso, os clientes continuam sendo visitados ao logo de todo o ano.

Atualmente, a Urso Branco está presente em cerca de 250 pontos de vendas diretos e, em 90% deles, disponibiliza o freezer da empresa para armazenar os produtos. O mercado de atuação da empresa abrange, principalmente, municípios do Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo, Centro-Serra e Vale dos Sinos. Também há dois pontos de vendas direto de fábrica: um na sede da empresa em Mato Leitão, onde ocorre a fabricação de todo o sorvete, e o outro no bairro Gressler, em Venâncio Aires.

“Oferecemos sorvetes de variados sabores e formatos, desde o minisundae até caixas de 10 litros”, destaca Diana. Ela também relata que são comercializados quase 30 sabores de picolés, dentre eles, sete são comprados de uma empresa de Santa Catarina. Até a temporada passada, a fábrica ficava fechava durante dois meses do inverno, mas, neste ano, isso será reavaliado.

Sócia-proprietária da Sorvetes Urso Branco, Diana Alves destaca os preparativos da empresa para a temporada de verão (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

A Sorvetes Urso Branco tem quase 20 anos de atuação na Cidade das Orquídeas. Atualmente, a empresa conta com três funcionários fixos e costuma contratar, em média, mais três pessoas de forma temporária para auxiliar nos meses de maior movimento. Na temporada passada, a empresa comercializou cerca de 6,5 mil caixas de picolés e 130 mil litros de sorvete, nos mais diversos formatos e tamanhos.

Diana ressalta que, a cada ano, eles buscam inovar em algum produto. Para este ano, foram lançados os sorvetes Cremotella (creme com Nutella), Maltine (cookies e Ovomaltine) e sorvete de um litro e meio. A fábrica fica aberta de segunda a sexta-feira para vendas. Além disso, aos sábados, também há atendimento e, em dezembro, mês com maior volume de vendas, a comercialização ainda acontece aos domingos.

Vendas de pandemia

De acordo com Diana, a pandemia do novo coronavírus causou impacto nas vendas no fim da última temporada. Isso aconteceu, principalmente, por causa da queda da comercialização dos produtos para eventos, como festas de primeira comunhão e aniversários, que foram cancelados como medida de prevenção à Covid-19. Havia, inclusive, um estoque especial para isso, que foi vendido por meio de promoções especiais.

Agora, a empresa aguarda a definição sobre a abertura dos balneários para saber como será a comercialização para esse segmento. “Ainda não sabemos como será a venda para esta temporada”, compartilha a sócia-proprietária.

Além dos pontos de venda, a comercialização direto na fábrica também é expressiva, em especial para as festas de Natal e Ano-Novo, quando os clientes costumam fazer encomendas. Diferente dos outros anos, neste ano ainda não há reservas para esses eventos, o que Diana acredita ter relação com a pandemia.

Perspectiva de vendas é boa, mas ainda há incerteza

Na Sorvefree Sorvetes e Picolés, situada na rua João Aurélio Wildner, no Centro da Cidade das Orquídeas, a produção para esta temporada começou em outubro. Na empresa, a procura pelos sorvetes e picolés está dentro do normal.

Segundo um dos proprietários, Alinson Regert Meurer, 21 anos, atualmente a fábrica conta com dois pontos de venda em Venâncio Aires, um em Santa Cruz do Sul e outro em Passo do Sobrado, além das vendas realizadas direto na fábrica em Mato Leitão, onde atua há nove anos. Na fábrica, são feitos 18 tipos de picolés e cerca de 20 de sorvete.

A equipe do local é formada por ele, pelos pais Egomar Miguel Meurer e Márcia Inês Regert Meurer, que o auxiliam, e mais duas pessoas que são contratadas para ajudar com as tarefas nos meses de novembro a fevereiro, quando há maior produção. O outro proprietário da empresa é o irmão de Alinson, Douglas Regert Meurer, 23 anos.

Alinson Meurer fala sobre as expectativas para a venda de sorvetes e picolés neste verão (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

No local, também foi possível perceber o impacto da pandemia, em especial por causa do cancelamento dos eventos sociais. Além disso, alguns pontos de comercialização também foram afetados. Em relação a esta temporada, a expectativa é boa, contudo Alinson observa que a quantidade de venda ainda é incerta porque não se tem uma estabilidade em relação ao término dos casos de Covid.

Na última temporada, a empresa comercializou aproximadamente dez mil litros de sorvete e avalia que o produto está tendo boa aceitação. A produção acontece conforme a demanda, não sendo criado um estoque dos produtos. Além disso, durante o ano, a empresa costuma ficar fechada de dois a três meses. Dezembro é o período com maior volume de vendas, em especial, por causa das festas de fim de ano. O atendimento na fábrica é diário.



Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido