Pensando em otimizar o espaço existente no Cemitério da Comunidade Católica, localizado no Centro de Mato Leitão, a diretoria da Comunidade Santa Inês tem investido em algumas mudanças. Uma delas é a construção de estruturas que comportam gavetas para caixões. Até o momento, foram construídos 56 lugares nesse formato, dos quais poucos estão ocupados.
De acordo com o integrante do Conselho Fiscal da diretoria e responsável pela organização do Cemitério Santa Inês, Mario João Mees, a construção de sepulturas verticais com sobreposição de gavetas é importante para manter adequada a taxa de ocupação e disponibilizar maior espaço físico para sepultamentos.
Nesse sentido, Mees explica que as estruturas de gavetas já finalizadas estão sendo usadas para abrigar restos mortais, especialmente de crianças enterradas há várias décadas no cemitério, cujas sepulturas, normalmente, não recebem visitas. “Nosso pensamento é aumentar o espaço do cemitério e deixar ele ainda mais organizado”, relata.
Para que isso aconteça, a diretoria precisa da autorização dos familiares dos falecidos. Por isso, as famílias que concordam com essa alteração são orientadas a procurarem informações com os integrantes da diretoria ou na secretaria da Paróquia Santa Inês por meio do telefone 3784-1042. A remoção dos restos mortais para as gavetas não tem custo para os familiares.
Há dois anos, com o intuito de encontrar essas famílias, a diretoria da Comunidade Santa Inês identificou essas sepulturas com um bilhete. Contudo, poucos contatos foram feitos, tendo em vista que cerca de 40 túmulos estão nessas condições. Mees também salienta que a mudança não é obrigatória, mas a comunidade tem colocado em prática esse projeto no intuito de otimizar o espaço do cemitério para a construção de outras sepulturas.
“Não tiramos nenhum resto mortal sem ter a documentação [que deve ser assinada por um representante da família]”, destaca. O integrante da diretoria acrescenta que cada gaveta é identificada de acordo com as informações repassadas pelas famílias, para preservar a lembrança da pessoa.
Conforme a diretoria da Comunidade Santa Inês, famílias que têm entes enterrados há, pelo menos 15 anos, ocupando vários túmulos, também podem reunir os restos mortais em uma única sepultura, deixando vago o espaço para a família ocupar em sepultamentos futuros.
Espaço
O Cemitério Santa Inês existe desde 1960. No local, há mais de 400 sepulturas. Atualmente, ainda há espaço para a construção de novas sepulturas. No entanto, segundo Mees, as mudanças que estão sendo feitas agora têm como objetivo evitar que o espaço disponível no local fique comprometido. No futuro, a comunidade também pensa em investir na construção de gavetas para abrigar pessoas adultas.