Ao avaliar a derrota nas urnas para Jarbas da Rosa (PDT), eleito prefeito de Venâncio Aires, com 60,55% dos votos, no domingo, 15, o atual prefeito Giovane Wickert (PSB), reforçou o propósito de realizar a transição da melhor forma possível.
Sem dar pistas do que fará a partir do próximo ano, Wickert diz apenas vai concentrar esforços, na transição do governo. “O foco sempre foi o trabalho na Prefeitura, depois também na campanha e agora será em fazer o encerramento da gestão da melhor forma possível.”
De acordo com ele, no decorrer desta semana ou, no máximo, no início da próxima, pretende nomear uma comissão para iniciar o trabalho de transição junto ao próximo governo. “Como tivemos uma eleição tardia, neste ano atípico, temos pouco tempo. Pretendo iniciar esse trabalho de transição o quanto antes. Deixarei a Prefeitura com várias obras em andamento, recursos encaminhados e sentimento de dever cumprido”, resume. Wickert reforça que sente aliviado pelo trabalho realizado apesar das adversidades.
“Enfrentamos a pandemia do século, uma grande seca e a maior enchente dos últimos anos. Mesmo assim, Venâncio Aires foi destaque na economia, como município dos vales do Rio Pardo e Taquari que mais gerou emprego.”
GIOVANE WICKERT – Prefeito
Com relação às obras em andamento ou com projetos encaminhados, o prefeito de Venâncio Aires destaca o Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Proteína Animal, o asfalto de Linha Sapé e do Corredor dos Gauer e o multipalco que será construído no prédio onde funcionava a Secretaria de Cultura e Esportes, como projetos que o orgulham. “A área do Distrito Industrial e a da Favan passaram a ser, efetivamente, do Município, e a creche do bairro Xangrilá poderá ser inaugurada no ano que vem”, cita.
Sentimento de mudança
Para Wickert, a opção dos venâncio-airenses pelo candidato pedetista reflete um sentimento de mudança, apesar de seu governo, ao lado de Celso Krämer (PTB), ter alcançado aprovação de 59,7% em pesquisa Instituto Methodus, encomendada pela Folha do Mate e realizada em outubro deste ano.
“O que se percebe é que as pessoas não votaram no candidato da oposição por não aprovarem o nosso governo, pois tivemos uma boa avaliação, mas pela mudança, com a ideia de dar oportunidade a um novo candidato, até porque já são 12 anos consecutivos no Executivo”, avalia ele, que foi vice-prefeito por duas gestões, antes de assumir como prefeito.
Ele observa que três gestões consecutivas foi o tempo máximo de um gestor na prefeitura, na história política de Venâncio – mesmo período ocupado por Airton Artus (PDT), que foi vice-prefeito em uma gestão e prefeito por dois mandatos, tendo Wickert como vice-prefeito.
“Nunca se viu uma oposição tão sistemática”
Ao avaliar a derrota nas urnas para Jarbas da Rosa, quatro anos depois de ter vencido o pedetista por 254 votos, Giovane Wickert considera que a articulação da oposição ao longo da gestão, foi um dos fatores decisivos.
“Nunca se viu uma oposição tão sistemática, que agiu durante esses quatro anos. Ganhamos em 2016, assumimos a Prefeitura com déficit de R$ 5 milhões e a oposição se articulou e passou a atuar já em 2017. Ao longo desse tempo, trabalhou com conceitos distorcidos e repetições que prejudicaram o nosso governo.”