O prefeito Giovane Wickert (PSB) e seu sucessor, Jarbas da Rosa (PDT), iniciaram oficialmente na sexta-feira, 20, o processo de transição na Administração Municipal. Giovane confirmou que, além dele e dos secretários, servidores concursados – pelo menos um por secretaria – estarão à disposição da equipe Jarbas até que a ‘passagem de bastão’ esteja concluída.
O pedetista também já definiu que a sua comissão será formada por cinco membros, além dele e da vice-prefeita eleita, Izaura Landim (MDB): Tiago Quintana, o vereador mais votado no pleito e que deve ser o presidente do Legislativo em 2021; Ana Cláudia do Amaral Teixeira, vereadora que não conseguiu a reeleição, no entanto é cotada para o primeiro escalão do governo; Fabiana Keller, ex-secretária da Fazenda e que deve assumir a pasta outra vez; e Émerson Elói Henrique, ex-secretário de Educação e cotado para voltar à função.
Até a posse, no dia 1º de janeiro, serão no total 40 dias de reuniões, avaliações, análises, absorção e transmissão de conhecimento entre as equipes, que esperam uma transição tranquila. “Encaminhei sugestões de nomes por secretaria e só falta definirmos quem será o coordenador da nossa comissão de transição. Temos que cumprir este processo com o máximo de tranquilidade, sem esquecer que até o dia 31 temos uma série de compromissos”, disse o atual prefeito.
De acordo com ele, a expectativa é de fechar o exercício fiscal com equilíbrio, desde que receitas relativas a Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) não frustrem. “Não dá pra cravar, ainda, que fecharemos no azul. A projeção é de que as finanças estejam equilibradas no fim do ano. Se não for um empate, é um pouquinho no vermelho ou no azul. Estamos levando a contabilidade na vírgula”, comentou Giovane.
Ciclos
Jarbas também tem um discurso de tranquilidade na transição. Segundo ele, “a eleição já encerrou e, agora, é momento de encerramento de um ciclo e início de outro, uma coisa natural da política”. O prefeito eleito destacou a importância da participação das pessoas que compõem o primeiro escalão do governo no processo, bem como dos servidores de carreira. “O funcionário público precisa ser valorizado e inserido nos mais diversos contextos da Administração. Eu e a Izaura somos servidores municipais e sabemos que os políticos estão na Prefeitura de passagem, enquanto os servidores de carreira permanecem fixos em suas funções”, argumentou.
Avaliação
- Em breve avaliação do governo até aqui, Giovane Wickert afirmou que a atual Administração mais arrecadou do que gastou. De acordo com ele, o passivo de aproximadamente R$ 5 milhões assumido quando tomou posse, em 2017, não será registrado em 2021, quando Jarbas da Rosa começar seu mandato.
- O prefeito declarou que até o fim do ano, vai tentar acelerar o máximo de obras que puder, para que a próxima Administração não tenha dificuldade de, se necessário, dar andamento aos trabalhos. “Vamos manter os pés no chão, sem fazer qualquer aventura, mas o que for possível será agilizado”, esclareceu.
- Perguntado sobre seus planos a partir de 1º de janeiro de 2021, Giovane disse que ainda não parou para pensar no assunto. “Só a partir de dezembro vou começar a analisar esta situação. Eu já recebi várias mensagens e ligações com alguns convites, mas primeiro preciso cumprir o compromisso que tenho com os venâncio-airenses. Por isso, nosso foco é na conclusão da Administração”, reforçou.
Conforme o prefeito Giovane Wickert, não está descartada a possibilidade de alguns secretários que desincompatibilizaram para concorrer voltarem às suas funções. Deixaram a Prefeitura André Kaufmann (PTB), do Desenvolvimento Rural; Renato Gollmann (PTB), da Infraestrutura e Serviços Públicos; Henrique Silva (PSB), da Cultura e Esportes; e Clóvis Schwertner (PSB), do Meio Ambiente.
Secretarias
• Administração: Não há uma definição se começará o ano já com um responsável direto ou se vai ser acumulada por algum outro secretário. Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), vereadora que não conseguiu se reeleger, pode aparecer aqui.
• Cultura e Esportes: Não há uma definição se começará o ano já com um responsável direto ou se vai ser acumulada por algum outro secretário. Pode ficar no guarda-chuva da Educação.
• Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo: Tendência é que Nelsoir Battisti (PSD) seja o titular. Dessa forma, Rodrigo VT ganharia espaço na Câmara. Também é analisado o nome de Marcos Hüttmann, que já exerceu a função de assessor administrativo da pasta, mas está na iniciativa privada.
• Desenvolvimento Rural: Surge com força o nome do vereador reeleito Gilberto dos Santos (MDB), que abriria espaço para André Puthin no Legislativo.
• Educação: Émerson Elói Henrique é o provável secretário. Ele já ocupou o cargo no governo do ex-prefeito Airton Artus (PDT), fez parte da equipe de coordenação de campanha de Jarbas da Rosa e está na comissão de transição nomeada pelo pedetista.
• Fazenda: Fabiana Keller é a provável secretária. Ela já exerceu a função no governo do ex-prefeito Airton Artus (PDT) e está na comissão de transição.
• Habitação e Desenvolvimento Social: Claidir Kerkhoff (PSL) e Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) são cotadas. A vereadora eleita, se for para o primeiro escalão, abre espaço na Câmara para Ricardo Landim (PSL), filho da vice-prefeita Izaura Landim (MDB). A vereadora que não obteve a reeleição pode aparecer em outras frentes, como Administração, Planejamento ou Central de Projetos.
• Infraestrutura e Serviços Públicos: O primeiro nome ventilado foi o de Gerson Ruppenthal (PDT), que se elegeu vereador. No entanto, a pasta pode ficar para o MDB. Falta escolher o nome do titular.
• Meio Ambiente: Não há uma definição se começará o ano já com um responsável direto ou se vai ser acumulada por algum outro secretário. Pode ficar no guarda-chuva do Desenvolvimento Rural.
• Planejamento e Urbanismo: Deizimara Souza é cotada, mas esta também é uma secretaria que pode ser acumulada por outra no começo do governo.
• Saúde: As mais recentes informações extraoficiais dão conta de que o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) é quem vai ficar responsável pela pasta.
• Segurança Pública: Não há uma definição se começará o ano já com um responsável direto ou se vai ser acumulada por algum outro secretário. Pode ser até extinta.
• Procuradoria Jurídica: Gisele Spies Chitolina, que foi procuradora no governo do ex-prefeito Airton Artus (PDT) é nome forte.
