Hora de colher a última fornada nesta safra de tabaco

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Com a antecipação do plantio do tabaco, a colheita desta safra também finaliza mais cedo em comparação aos outros anos. Inúmeros produtores de Venâncio Aires já compartilham registros nas redes sociais finalizando a colheita da safra 2020/21. Há quem tenha feito um planejamento para colher o tabaco na primeira quinzena de dezembro, outros, até o Natal.

Em Centro Linha Brasil, a família Bergmann encerrou a colheita do tabaco antes da chegada do Natal. Na quarta-feira, 23, Lucas Ariel Bergmann, 21 anos, e a namorada Jaqueline Taiane Theis, 20 anos, finalizaram a colheita de cerca de 14 mil pés, com uma média de 8 a 10 folhas que ainda estavam na roça.

A primeira safra do casal foi de 40 mil pés de tabaco. Destes, 25 mil foram plantados em junho, época considerada cedo. Neste ano, o casal optou por morar junto e iniciar a concretização do sonho: ter a casa e terras próprias para plantar tabaco nos anos seguintes. Para concretizam os sonhos, optaram por se tornarem produtores de tabaco e encarraram a primeira safra.

Desde o início da safra, a reportagem da Folha do Mate está acompanhando a primeira experiência do jovem casal com a cultura e fortalecendo uma das bandeiras: a permanência do jovem no campo. “Foi uma safra boa e tranquila. Agora a gente espera vender ele bem”, salienta Lucas. Com o auxílio dos pais e amigos, encerraram a colheita na quarta-feira. Na quinta-feira, 24, véspera de Natal, encheram a última fornada na estufa elétrica com o sentimento de dever cumprido.

Colheita de tabaco
Primeira safra de Jaqueline e Lucas encerra com a etapa da colheita (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

Avaliação da safra

A primeira safra de tabaco do casal foi tranquila. Foram duas incidências de granizo e geada. “Quando o fumo estava pequeno na roça teve um granizo. Na semana passada, dia 16, tivemos um prejuízo de 33 mil folhas, o granizo também apareceu por aqui. Perdemos uma média de 2,4 folhas por pé”, conta Jaqueline.

Um dos diferenciais elencados pelos jovens é o plantio antecipado. A dica foi dada pelos pais de Lucas, Sueli e Roni, afinal eles já são conhecidos na comunidade por iniciarem o transplante de mudas, antes do período tradicional, com o objetivo de garantir uma boa safra e evitar o calor excessivo do verão na hora da colheita. “O tabaco que a gente plantou cedo resistiu mais e se desenvolveu melhor. Ele segura mais tempo na roça e o sol queima menos”, cita Lucas.

Jaqueline acredita que esse diferencial poderá render ‘bons frutos’ na comercialização. “Foi um ano bom, valeu a pena plantar mais cedo pois ele secou bonito. Vamos com a expectativa de vender ele bem, pois a qualidade é de fumo BO1.”

O casal se organiza para, nas próximas semanas, ir separando as folhas e enfardando o tabaco. “Assim que a gente já tiver enfardado um pouco vamos vender. É uma outra etapa, uma outra experiência.” Apesar de estar dividindo o galpão com os pais de Lucas e colherem juntos, a expectativa é de que a comercialização ocorra separadamente.

“Essa é nossa primeira safra juntos, encerramos ela com o dever cumprido. Se todo ano der uma qualidade que nem nesta safra, a gente está satisfeito.”

LUCAS ARIEL BERGMANN- Agricultor

Relembre

Em 27 de junho, a Folha do Mate contou a história de Lucas e Jaqueline, um casal jovem que está iniciando a vida na agricultura, em Centro Linha Brasil. A primeira safra deles, de 40 mil pés de tabaco, foi plantada em duas etapas: no dia 16 de junho e depois de um pouco mais de um mês, o restante foi para a roça.

Alguns dias sem chuva foram cruciais para a perda de algumas mudas. Depois, a meteorologia anunciava um frio intenso e o casal estava angustiado com os ‘castigos’ do clima. No dia 20 de agosto a reportagem novamente acompanhou o casal e verificou o desenvolvimento do tabaco. Na época, a geada e o frio intenso atrasaram um pouco o desenvolvimento da planta, mas não afetaram no resultado final. Na quarta-feira, 23, a equipe acompanhou a colheita final do tabaco que rendeu xx trouxas com uma média de 30 quilos.

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