O Centro Terapêutico de Reabilitação (CTR) de Venâncio Aires já pode começar a funcionar. O ato de assinatura do convênio entre o poder público municipal e os representantes do Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos Casa de Davi foi assinado ontem à tarde, na sede onde vai funcionar o CTR. O documento foi assinado pelo prefeito Giovane Wickert, a presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas (Compod), advogada Kátia Diedrich, e um representante da entidade que vai administrar o Centro.
Localizado em área ampla, às margens da RSC-453, em Linha Grão-Pará, o CTR terá capacidade para abrigar, neste primeiro momento, até 20 dependentes químicos. São 15 vagas para moradores da Capital do Chimarrão e outras cinco para pessoas de outros municípios. “Pelo que fomos informados, as 15 vagas já estão preenchidas”, observou um dos monitores.
Segundo ele, em todos os centros de reabilitação administrados pela igreja evangélica que ele faz parte, há um cronograma de atividades que deve ser seguido por todas as pessoas em tratamento. O dia começa as 7h, com a alvorada, e termina as 22h30min, com o ‘amém’, onde deve haver silêncio absoluto. Durante todo o dia são desenvolvidas atividades das mais variadas, desde o cultivo de hortas ao estudo da Bíblia. “Aqui desenvolvemos a laborterapia, em um tratamento que varia de nove meses a um ano”, revela o monitor.
Com a experiência de quem já esteve do outro lado, se recuperou e hoje trabalha na reabilitação de quem chega até o Centro, ele afirma que a maioria dos usuários de drogas que buscam ajuda são viciados em crack. “O uso da droga é a cereja do bolo. Quando eles chegam aqui, pararam de usar e então o que tentamos recuperar é o caráter e a estrutura daquela pessoa”, observa.
Burocracia
O prédio que será utilizado como refeitório, salas de lazer, de atividades e como dormitório teve que ser totalmente remodelado. “Tivemos que deixar tudo de acordo com o que prevê a Vigilância Sanitária e por isso aconteceu este atraso”, explicou Kátia, se referindo ao fato da previsão de início das atividades ser o mês de setembro. “É muita burocracia”, salienta.