Em nota, Sindicato dos Servidores repudia comentários sobre professores

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O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Venâncio Aires divulgou uma nota na tarde desta terça-feira, 5, em defesa dos professores da rede municipal. A entidade repudiou o que considerou ataques feitos através de comentários em sites de notícias. O centro da discussão é a retomada das aulas presenciais, a qual, segundo a Administração, deve ocorrer na segunda quinzena de janeiro.

Confira a nota na íntegra:

O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Venâncio Aires vem a público repudiar os ataques feitos em comentários de sites de notícias, aos professores da rede municipal de ensino, a partir do anúncio do adiamento do início do ano letivo nas Escolas Municipais de Educação Infantil, feito na segunda-feira, dia 04 de janeiro de 2021. A posição da entidade se justifica a partir das seguintes premissas:

a) A decisão de adiar o início do período letivo 2021 não foi dos professores, mas da Administração Municipal, a partir dos argumentos apresentados, que são absolutamente razoáveis. Por isso, creditar o adiamento ao pretenso desejo dos professores “continuarem de férias” é injusto e absurdo.

b) Não houve manifestação, atual, por parte dos professores municipais de não retornar às aulas. Os professores de toda a rede, como também todas as demais atividades de uma escola (direção, supervisão, agentes…) tiveram parte de seu período de férias antecipado exatamente para possibilitar adequações ao calendário escolar no ano 2021, diante das inúmeras dificuldades apresentadas no ano que passou. Notadamente os profissionais – professores ou não – que atuam na Educação Infantil, foram sensíveis quando se tratou a questão da antecipação de férias, tendo em vista as necessidades que se apresentavam para este início de ano. De outro lado, nas Escolas de Ensino Fundamental as aulas continuam.

c) É uma injustiça enorme ou uma ignorância absoluta de quem não sabe o que é ser professor e do que os professores fizeram durante todo o ano de 2020, as afirmações que dizem: “querem continuar de férias”, ou “não fizeram nada o ano inteiro”. A pandemia e, por causa dela as medidas restritivas que atingiram as escolas e inúmeros setores sociais, com maior ou menor intensidade, foram determinadas pelos governos, com base em orientações científicas objetivas e não em opiniões de “doutores formados através de opiniões de Facebook”.

d) O ano de 2020 foi, para a maioria dos professores, um período de intenso trabalho na descoberta das novas formas de uso da internet, de novas maneiras de chegar aos alunos e, em resumo, de novas formas de ministrar aulas, receber e corrigir trabalhos, inventar um sem fim de novas atividades adequadas ao meio digital. Nunca o magistério trabalhou tanto.

e) Finalmente, a mesma energia que se gasta em criticar injustamente professores deveria ser gasta no sentido de cobrar do governo uma ação adequada e efetiva no sentido de garantir a vacina para a população brasileira e, a partir disso, então, podermos retornar a um normal semelhante ao anterior da pandemia. Um sem número de países do mundo já iniciou campanhas de vacinação. E o Brasil?



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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