Vacina chegou: já dá para viajar?

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PÉ NA ESTRADA

Por Ana Flávia Hantt*

Esta última semana foi de emoção para os brasileiros, que assistiram às primeiras doses da vacina contra a Covid-19 serem aplicadas. E, com o início da imunização, é natural que o mercado turístico se aqueça aos poucos e, com isso, comecem a surgir as promoções.

Nas últimas semanas, houve campanhas com passagens para Nova Iorque por R$ 600, para Miami por R$ 1.200, para Cancún por R$ 980 e, no Brasil, trechos longos por menos de R$ 200, geralmente, com datas para voar até o fim de 2021. Para os viajantes que já desejam planejar o próximo roteiro, a regra é verificar a política de flexibilidade da companhia aérea (geralmente remarcação sem multa, com pagamento na diferença da tarifa, se houver).

A Medida Provisória 1024 garante o cancelamento sem custo para viagens programadas até 31 de outubro, com acúmulo do crédito para a compra de uma nova passagem. O reembolso, no entanto, está sujeito a penalidades caso o voo não tenha sido cancelado e a empresa aérea terá até doze meses para fazê-lo.

Enquanto as viagens aéreas dentro do Brasil seguem estabilizadas, o trânsito internacional ainda é um grande mistério. Será criado um certificado internacional de vacinação contra a Covid-19? Testes para detecção do vírus aplicados nos aeroportos ficarão mais baratos e rápidos? Quanto tempo durará a imunização das vacinas que estão sendo aplicadas agora? Como os governos irão proteger suas fronteiras contra novas mutações do vírus?

A grande virada para o turismo deve acontecer, realmente, quando a vacina estiver disponível na rede privada, já que a rede pública tenta dar conta dos grupos prioritários. Hoje, muitas pessoas escolhem não viajar por receio de contaminar a si mesmas ou familiares nos grupos de risco, o que deve mudar quando a imunização estiver disponível em maior escala.

Atualmente, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) negocia com o laboratório Bharat Biotech para a aquisição de cinco milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Caso as negociações prossigam, a vacina precisará passar por aprovação da Agência Nacional de Vigilânci Sanitária (Anvisa). Esse deverá ser um marco para o turismo nacional e, dependendo do controle da pandemia em nível mundial, impactará também na flexibilidade das viagens internacionais.

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