Na semana em que a Petrobras anunciou aumento de 8% para a gasolina nas refinarias, Venâncio Aires já registra essa elevação dos preços nas bombas de combustíveis. A gasolina comum está 7,75% mais cara em comparação com janeiro.
No levantamento feito na manhã desta sexta-feira, 12, em 15 postos do município, o preço médio do litro da gasolina comum foi de R$ 5,156. São R$ 0,37 a mais que no mês passado, quando o valor era de R$ 4,785.
A gasolina aditivada também sofreu aumento. Neste mês o litro está custando em média R$ 5,260 para o consumidor final: são R$ 0,36 a mais que no último levantamento, quando o preço estava na média de R$ 4,891.
CONSUMIDOR
Há meses o consumidor já está reclamando dos aumentos consecutivos registrados pela gasolina. Everton Ferreira, 40 anos, está entre essas pessoas descontentes com os reajustes. Ele usa o carro diariamente para trabalhar e abastece duas vezes na semana, mas não costuma encher o tanque. “Tá complicado, porque a cada mês o custo para abastecer veículo se eleva mais”, frisa.
Ferreira argumenta que não costuma pesquisar preço, pois tem um posto fixo para abastecer. Contudo, circula bastante nos municípios vizinhos e percebe que eles também estão com preços parecidos. “Pelo que escuto, isso tende a piorar, pois o preço pode aumentar mais”, finaliza.
MAIS AUMENTO
A reportagem conversou com alguns proprietários de postos de combustíveis e a maioria afirma que, na próxima semana, a gasolina pode ter mais alguns centavos de acréscimo. Isso deve refletir no bolso do consumidor final novamente.
- O levantamento foi realizado nesta sexta-feira, 12, das 8h30min às 9h30min, em 15 estabelecimentos que informaram os valores solicitados pela reportagem.
Importante
• Os postos Vamakito, São Cristóvão e Shell Knies não informaram os valores à reportagem.
COMPOSIÇÃO DE PREÇOS
- O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na quinta-feira, 11, a edição de um decreto que obriga postos de gasolina a exibirem aos consumidores a composição do preço do combustível, com descrição do valor de cada imposto cobrado e das margens de lucros dos agentes envolvidos, incluindo os distribuidores e os próprios postos.
- “Será via decreto. A gente espera que o Parlamento aprove. Não tem nada de mais. É um direito de todos saber quanto de imposto se paga em qualquer mercadoria. A gente vai exigir, via decreto, dos postos de gasolina”, disse. Bolsonaro não informou quando o decreto será publicado.