Quando as aulas presenciais foram suspensas, acessórios tecnológicos, como computador, celular e fones de ouvido passaram a ser materiais escolares e a casa virou sala de aula. Neste ano, com o modelo de ensino hídrico, nos quais os alunos ficam uma semana na escola e outra em casa, a importância de um ambiente adequado segue como um aspecto importante para contribuir com os estudos. Mas, afinal, o que levar em conta na organização desse espaço?
As arquitetas Liana Niedermeyer e Bruna Fernanda Koslowski explicam que todas as atividades realizadas em casa, seja cozinhar, limpar, assistir à TV ou estudar, precisam de espaços ou ao menos condições ideais para serem realizadas. “Não há um ambiente específico para os estudos, mas sim um ambiente que forneça as condições necessárias, para isso é preciso observar o funcionamento da casa”, explica Liana.
Ela observa que é importante observar qual o cômodo com menos ruído e menos circulação de pessoas, se tem boa iluminação e ventilação natural. “Se a resposta a estas perguntas for a cozinha, a sala ou quarto, todas estarão corretas, desde que este ambiente gere o conforto esperado e a concentração não seja algo dificultoso de se manter”, comenta.
Bruna complementa que, com as aulas acontecendo remotamente, é preciso observar se o ambiente da casa escolhido para acompanhar as aulas e estudar tem acesso fácil à internet, uma boa qualidade de sinal. “Isso também é algo a ser considerado para a escolha do cantinho de estudos.”

Dicas para estruturar o ambiente de estudos
• Mesa – É fundamental que o local tenha uma mesa ou algum móvel com uma base com área suficiente para colocar o material de estudo. Essa mesa pode ter variações principalmente na altura, pois as crianças pequenas precisam ter fácil alcance. Para adultos, ela também deve estar adequada à anatomia da pessoa.
• Cadeira – A cadeira precisa ser confortável, de preferência giratória, com apoio longo para a coluna e também apoio para os braços. Se não for possível, pode-se usar a cadeira que se tem em casa, complementando com algum apoio para os pés, e colocar alguma almofada no encosto, para produzir o conforto necessário para as longas horas de estudo.
• Iluminação – A iluminação no ambiente influi diretamente na qualidade do estudo e na concentração. É necessário um ambiente bem iluminado. Quando há luz natural, que esteja em um ponto a frente ou lateral a mesa de estudos. Deve-se evitar que a luz venha de um ponto existente na parte posterior do estudante, pois pode causar ofuscamento, reflexo nos aparelhos como computador ou então sombrear a base da mesa. A luz artificial precisa iluminar todo o ambiente, não é recomendável uma luz direta na mesa ou utilizar somente a luz produzida pela tela do computador, pois gera um desconforto à visão e acaba interferindo na qualidade do estudo.
• Ventilação – O ambiente precisa ser arejado, ventilado, para não se tornar um cômodo enclausurado que dificulte a permanência do estudante ali.
• Decoração – A parte mais divertida e dinâmica do ambiente fica por conta do estudante: a decoração e composição do espaço. Materiais coloridos podem estimular, assim como um ambiente claro e limpo favorece a organização mental e física. Há quem prefira ter tudo à mão, já aqueles que organizam os materiais em prateleiras e armários. Qualquer base que seja mesa ou parede vira espaço para post its e lembretes, mas, é claro, a criatividade pode e deve ser livre.
*Dicas das arquitetas Liana Niedermeyer e Bruna Fernanda Koslowski, do Estudio A2.

Rotina
Além de um espaço adequado, internet e acessórios que garantam a realização das atividades, estudar em casa exige organização e disciplina. A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental do Município, Juliane Weiss Niedermayer, lembra que manter a rotina é fundamental, especialmente para garantir o ritmo nos estudos na semana que o estudante não frequentar a escola. “Como será uma semana em casa e outra na escola, é importante manter os horários de sono e alimentação e a rotina de estudos”, destaca.
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