Diálogo e participação familiar são fundamentais no retorno para a escola

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A educação foi uma das áreas diretamente impactadas com a pandemia de coronavírus, com a necessidade de suspensão das aulas presenciais. O protagonismo dos estudantes, a capacidade de adaptação dos professores e a importância da participação da família na vida escolar estiveram em evidência no ano passado.

Nas próximas semanas, educadores, alunos e suas famílias se preparam para o retorno das aulas. A maioria das instituições adotará o formato híbrido: em uma semana, 50% da turma tem aula presencial enquanto a outra metade dos estudantes fica em casa com as atividades a distância; na semana seguinte, os grupos se revezam.

Este será o primeiro ano letivo que, desde o início, terá um modelo diferenciado. Se a volta às aulas normal já gera expectativa, iniciar as aulas em um período de pandemia, entre máscaras, álcool gel e com ensino híbrido, pode despertar sentimentos conflitantes nos alunos.

juliane niedermayer venâncio aires
Juliane reforça a importância do diálogo00

“Essa angústia gerada por esse momento atípico tem que ser mostrada e esse alívio vem no momento em que se conversa sobre o que está sentindo. Por isso, é fundamental que os pais escutem os filhos”, explica a professora Juliane Weiss Niedermayer, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental da rede municipal de Venâncio Aires.

Ela explica que diálogo entre pais e filhos é imprescindível para entender quais as informações a criança ou o adolescente têm sobre a situação de pandemia e como estão vivenciando a nova rotina. A partir disso, é possível saber o quanto sabem sobre a situação atual e também explicar o porquê do uso da máscara, do álcool gel e de não emprestar os materiais escolares para os colegas ou dividir o lanche – práticas que eram comuns na rotina escolar. “Da mesma forma que ensinamos que tem que se repartir, agora temos que dar significado para essa nova postura de que não se pode compartilhar materiais e explicar que isso é neste momento”, comenta a coordenadora pedagógica.

“Se antes a relação da família com o estudante deveria ser pautada no diálogo, agora, ainda mais. Precisamos ouvir os filhos sobre a rotina na escola e dar significado a este novo momento.”

JULIANE WEISS NIEDERMAYER – Coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental da rede municipal

Para Juliane, o período em que os alunos estiveram afastados da sala de aula, no ano passado, possibilitou que eles se acostumassem com a situação de pandemia e inserissem na rotina hábitos como o uso de máscara e a higienização frequente das mãos. “Agora, essas informações já se tem, e os estudantes irão colocar em prática neste retorno para as escolas.”

Da mesma forma, com as aulas remotas, no ano passado, os professores ampliaram o uso de tecnologias em sala de aula, o que deve permanecer. “A expectativa é que tenhamos tranquilidade com relação à aprendizagem neste contexto que continua exigindo adaptações e readaptações”, salienta Juliane.

Dicas para voltar à escola com segurança

Para a escola:

  • Aferir temperatura do aluno regularmente na chegada e durante a permanência na escola. Se estiver com febre, não deve ser admitido na escola.
  • Manter os ambientes arejados, preferindo sempre a ventilação natural.
  • Disponibilizar álcool gel pela escola para higienização regular das mãos.
  • Respeitar o limite máximo de alunos conforme sua metragem para manter distanciamento de um metro.
  • Higienizar os ambientes com frequência.

Para os pais:

  • Enviar o filho para a escola com máscara e orientar a permanecer com ela durante a permanência na escola (exceto menores de 2 anos e, conforme entendimento, até os 5 anos).
  • Trocar máscaras de tecido a cada 4 horas ou antes, se estiver úmida.
  • Enviar garrafinhas de água para as crianças evitando uso compartilhado ou de bebedores.
  • Enviar pote com álcool gel orientando criança a higienizar as mãos regularmente.
  • Enviar toalha e material de uso íntimo, como cobertores e travesseiros em casos de creches, para uso individual.
  • Se a criança estiver doente, ficar com ele em casa.
  • Dicas da pediatra Samanta Feilstrecker

*Colaborou Eduarda Wenzel



Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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