Por Ana Flávia Hantt
Enquanto enfrentamos nosso pior momento na pandemia e acompanhamos com ansiedade o avanço da vacinação, outras notícias movimentam o enfrentamento do novo coronavírus no mundo. Uma das mais curiosas é o ‘turismo de vacinas’, que deve ser uma tendência para este ano.
A Rússia, fabricante da Sputnik V, tem oferecido o imunizante a qualquer pessoa que procurar um posto de saúde em Moscou, inclusive estrangeiros. Cuba, que está prestes a entrar na terceira fase de testes da Soberana 2, está incentivando que turistas se imunizem no país. Panamá, Emirados Árabes Unidos e alguns estados norte-americanos, como Flórida e Califórnia, também já deram sinais de que não farão discriminação de turistas na hora da vacinação.
Há indicativos de que o turismo de vacinas seja visto como oportunidade de negócios em 2021, especialmente porque muitos países já estão exigindo certificado de imunização para entrada em seu território. As Ilhas Seychelles, a Islândia e a Austrália já sinalizaram que adotarão esse critério para o turismo. Antes de comprar um pacote de viagem com ‘vale-vacina’, no entanto, é importante prestar atenção nos requisitos exigidos: muitos países determinam que a imunização atenda a certas diretrizes epidemiológicas (número de doses, fabricante e doses). É o caso da Islândia, que só aceita a entrada de turistas com comprovação das duas doses da vacina desenvolvida pela Pfizer-BioNTech ou Moderna.
Atualmente, mais de dez companhias aéreas também já adotaram o passaporte de saúde, um certificado digital que comprova teste PCR negativo ou certificado de vacinação. Entre elas, American Airlines, British Airways, Iberia, Lufthansa e Qatar Airways, todas com voos de/para o Brasil.
foto: viagem
crédito: Ana Flávia Hantt/Divulgação
leg: Alguns países fabricantes da vacina contra o coronavírus estão vendo o momento como oportunidades para negócios