Venâncio fecha janeiro com saldo positivo de 821 empregos

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Foram divulgados os dados de trabalho e emprego referentes ao primeiro mês do ano no Brasil. Conforme relatório que consta na plataforma do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão que pertence ao Ministério do Trabalho, Venâncio começou 2021 com saldo de 821 vagas. No mês de janeiro, foram 1.434 admissões e 613 desligamentos. O estoque total de empregados formais no município é de 16.196.

Na comparação com dezembro de 2020, os resultados de janeiro são animadores, devido à mudança de saldo negativo para positivo. No último mês do ano passado foram 367 contratações e 720 desligamentos, um saldo negativo de 353 empregos.

Já em janeiro do ano passado, foram 1.176 admissões, 540 desligamentos e saldo de 636 empregos. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, Venâncio Aires teve um acréscimo de 29,08% no saldo de postos de trabalho.

Cristiano Kauffmann, coordenador da agência FGTAS/Sine de Venâncio Aires, afirma que o saldo positivo é um movimento não só de Venâncio Aires, mas a nível de país. Ele reforça que os dados são referentes a janeiro e mostram uma retomada da economia no início do ano. Na Capital do Chimarrão, segundo Kauffmann, o saldo positivo deve se estender ao longo dos primeiros meses de 2021. “Ao mesmo tempo que prevemos queda devido à bandeira preta, já começaram as contratações temporárias das empresas do ramo fumageiro”, explica.

O coordenador afirma que a perspectiva é de otimismo, com a vinda de novas empresas para o município. “Estamos confiantes com esse início de ano, não só pelas empresas daqui, mas pela retomada da Beira Rio, em Mato Leitão, que também emprega profissionais de Venâncio”, comenta. Ele salienta ainda que há muitas vagas em aberto no Sine por falta de profissionais capacitados para as funções.

ESTADO E PAÍS

No Rio Grande do Sul, os resultados também são positivos. O relatório aponta incremento de 106,22% no saldo de empregos na comparação de janeiro de 2020 e 2021. Neste ano, o estado abriu 27.168 vagas. Em janeiro de 2021 foram 110.063 contratações e 82.895 demissões. Em janeiro do ano passado, foram 102.949 admissões, 89.775 desligamentos e saldo de 13.174 empregos.

No país, janeiro de 2021 fechou com saldo de 260.353 empregos, com 1.527.083 admissões e 1.266.730 desligamentos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a diferença é de 122%. Em 2020, foram gerados 117.245 postos de trabalho.

O mês de janeiro de 2021 é o melhor desde o ano de 2008, quando o município teve saldo positivo de 1.210 empregos gerados. No Brasil, é o melhor saldo para janeiro desde 1992. Até então, o saldo mais significativo no primeiro mês do ano foi registrado em 2010, com 181.419 vagas.

Aumento de contratações é reflexo da expectativa de retomada da economia

Economista, Carlos Giasson elenca três fatores que contribuíram para o acréscimo de contratações no mês de janeiro em todo o país. Uma delas é que se tinha uma expectativa bem diferente no primeiro mês do ano em relação à atual situação da pandemia. “Se voltarmos no tempo, estávamos com uma expectativa bem diferente em janeiro em relação ao coronavírus. Pessoas começando a ser vacinadas, relaxando nos cuidados, praias lotadas”, comenta.

O profissional salienta que a economia tem muito a ver com expectativas. As empresas começaram a programar o 2021, após um ano difícil e alto índice de desemprego, e contratar pessoas, pois se tinha uma expectativa de retomada da economia interna com o início da vacinação contra a Covid-19. “Isso é muito comum de acontecer. Após uma crise depressiva econômica, assim que se tem expectativa de resolução do problema, se espera também uma retomada da atividade. Avalio que esse é um dos principais fatores para essa forte retomada de contratação de funcionários no início do ano”, diz.

Giasson também cita a Reforma Trabalhista como outro fator determinante para o aumento do número de empregos formais. “A Reforma Trabalhista fez com que ficasse mais barato para o empresário contratar funcionários, com menos direitos”, destaca.

Por outro lado, há setores que não sentiram o impacto da pandemia, como por exemplo o das exportações. Setores como agroindústrias e produtos agropecuários estão com vantagem de preço, em função da questão cambial. “O dólar valorizado faz com que o real esteja desvalorizado e, por consequência, nosso produto interno fica barato para o exterior.

Toda essa cadeia produtiva está contratando pessoal”, reforça. O setor da agroindústria também abrange outros ramos, como maquinário e transporte, todos com necessidade de mão de obra e empregos gerados para estas áreas.

FUTURO

O economista diz que sobre a perspectiva de futuro, por mais que possa parecer positiva a retomada da economia nos dados de janeiro, para quem faz o planejamento nas empresas, é negativa. “O cenário muda o tempo todo, a recuperação que esperada não acontece, pois o processo de recuperação e retração é muito ruim”, argumenta.

De acordo com Giasson, a retomada permanente da economia só deve acontecer quando o programa de vacinação abranger maior parte da população, para que as pessoas se sintam seguras em retomar as rotinas para consumir e produzir. “Temos mercado interno muito grande e capacidade de atender o mercado externo também, mas precisamos ter essas condições de trabalhar sem medo de ser infectado”, finaliza.



Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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