Desde 2017, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) José de Anchieta e Antônio de Borba Filho participam do programa Cooperativas Escolares, um projeto da Cooperativa Sicredi. Entre as dezenas de alunos que já passaram pelo projeto está Gabrielly Luísa Preuss Goldschmidt, 14 anos, que atualmente está no 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Médio Alexandrino de Alencar. No entanto, foi na escola José de Anchieta, onde ela estudou até ano passado, que passou a integrar a cooperativa escolar ‘Feito à mão’, por meio da qual os adolescentes fazem trufas, biscoitos e biscuit para venda, além de participarem de atividades de teatro.
A estudante ainda é a atual presidente da cooperativa. Ela deve passar o cargo neste ano, por isso, mesmo saindo da escola continua ligada à entidade. “Sou presidente da cooperativa desde 2017. Conheci o projeto através da escola Emef José de Anchieta e tive muito interesse desde o início, pois sempre gostei de participar de projetos e acho que nos proporciona muito aprendizado”, relata a adolescente.
Gabrielly destaca que, nesses anos de projeto, aprendeu muito sobre finanças, pois além de planejar e atuar na produção, os associados comercializavam os itens nos eventos da escola. “Aprendi sobre o controle de dinheiro, educação financeira, coisas que antes não
faziam parte do meu dia dia, mas que hoje fazem total diferença”, conta Gabrielly.
A estudante pretende trabalhar em algo que envolva a parte financeira, porque a cooperativa despertou essa vontade nela. “Participar da ‘Feito à mão’ foi muito importante para mim, aprendi bastante, desenvolvi habilidades que jamais imaginava, me uni mais com os colegas e professores e, com toda certeza, vou levar isso para o resto da vida.”
“Crescimento pessoal e no desempenho escolar”
A professora Sandra Mara Zinn Pereira, diretora da Escola José Anchieta, destaca a importância do projeto na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, durante os dois anos que foi possível a prática presencial dele.
Ela recorda que a ideia começou durante uma formação pedagógica, quando a escola se interessou pela ideia e se inscreveu. Meses depois, foi contemplada e começou os preparativos para ser uma cooperativa escolar. “Mesmo sabendo que teríamos trabalho pela frente, nós professores sabíamos que seria bom para a escola e os alunos.”
Assim, iniciou a escolha do nome, logotipo, diretoria, professor coordenador e todos os protocolos para que a escola pudesse dar início à cooperativa. “De 2017 a 2019 foram muitas trocas de aprendizagem, conhecimento e participação por parte dos alunos em diversas atividades, quando se percebia o crescimento tanto como pessoas quanto no desempenho escolar”, avalia. Desde o ano passado, com a pandemia de coronavírus, as atividades são on-line.
Na Escola José de Anchieta, a cooperativa ‘Feito à mão’ conta com 28 associados, alunos que estão entre o 6º e 9º ano. Antes da pandemia, os encontros semanais aconteciam no turno oposto, para desenvolver atividades de teatro, biscuit, trufas e bolachas, que são comercializados pelos integrantes da cooperativa. Eles também pagam mensalidade de R$ 5 para participar. O trabalho ocorre sob orientação das professoras France Guaraldi Severo Py e Tatiana Haas. No último ano, os encontros ocorreram de forma on-line. tenho orgulho de fazer parte desse investimento em educação e acredito que a cooperação, mais do que nunca, é a chave para o crescimento humano. Agradeço a Secretaria de Educação, ao Sicredi e aos alunos e professores pelo desempenho da cooperativa ‘Feito à Mão’ dentro da nossa comunidade escolar.”
“Como diretora e professora da Escola José de Anchieta, tenho orgulho de fazer parte desse investimento em educação e acredito que a cooperação, mais do que nunca, é a chave para o crescimento humano. Agradeço a Secretaria de Educação, ao Sicredi e aos alunos e professores pelo desempenho da cooperativa ‘Feito à Mão’ dentro da nossa comunidade escolar.”
SANDRA MARA ZINN PEREIRA – Diretora