Relato: viagem para a Europa em tempos de pandemia

-

PÉ NA ESTRADA

Por Ana Flávia Hantt*

Visitar seu primogênito, Leonardo, que reside na Alemanha e joga futebol profissionalmente no clube Shalke04, em Gelsenkirchen, foi o que levou a venâncio-airense Jeane Weschenfelder e seu filho mais novo, Theodoro, à Europa em janeiro deste ano, mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia.

Munida de uma carta-convite do filho, a qual indicava que ele se responsabilizaria pelo período de quarentena da família; e também de uma carta do clube alemão convidando Theodoro, que também joga futebol, a fazer um teste para a equipe, os dois enfrentaram o desafio.

Antes do embarque, efetuaram um registro digital com informações de contato, exigido pela Alemanha, e também realizaram um teste PCR, o qual foi traduzido para o Inglês. Mesmo com o resultado negativo, houveram bastante contratempos. O voo, que sairia de São Paulo para a Holanda foi cancelado e, assim, Jeane e Theodoro foram alocados em outro voo, desta vez, com destino a Frankfurt, na Alemanha.

Em todas as etapas da viagem – em Porto Alegre, em São Paulo e já na Alemanha – a família precisou prestar esclarecimentos, já que viajavam com documentos brasileiros e não possuíam residência em solo alemão. “Foi um alívio quando carimbaram nosso passaporte,” conta. Já em Marl, cidade onde o filho reside, respeitaram a quarentena de dez dias e, após o período, chegaram a visitar alguns locais, mas com limitações em função do lockdown alemão.

Há cerca de dois anos, Jeane também liderou um processo que garantiu a cidadania luxemburguesa para cerca de 60 venâncio-airenses ligados às famílias Weschenfelder e Konzen e, durante seu período na Europa, ainda viajou a Luxemburgo (que faz divisa com a Alemanha) para assinar a documentação exigida.

Após 16 dias, Jeane e o filho Theodoro retornaram ao Brasil, novamente, com uma maratona para garantir os testes necessários. “O Brasil exigiu teste PCR feito até 72h e Amsterdam exigia teste rápido feito em no máximo 4h antes, e o voo era às 6h30min. Então tivemos que ir ao aeroporto no sábado fazer o PCR e, na segunda, às 4h30min, para fazer o teste rápido.” Segundo Jeane, o voo também estava bastante vazio e cada passageiro pode utilizar três assentos.

“Apesar de todo o estresse e insegurança em saber se iríamos poder entrar na Alemanha ou não, deu tudo certo e pudemos estar perto do Léo. E mais, eu pude ir a Luxemburgo assinar minha recuperação da cidadania. Foi maravilhoso!”

[email protected]

Theodoro e Jeane em um dos parques da Cidade de Luxemburgo. (Foto: Arquivo pessoal)

LEIA MAIS:

notícias variedades Folha do Mate

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido