Escolas de Educação Infantil contam os dias para a reabertura

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A reabertura das escolas de Educação Infantil tem sido esperada tanto pelos monitores, que desejam retomar as aulas presenciais, quanto pelos pais, que necessitam da prestação deste serviço para poder trabalhar e deixar os filhos em segurança.

Na terça-feira, 23, o governador Eduardo Leite sancionou o Projeto de Lei (PL) 144/2020, que reconhece a atividade física e a Educação Infantil e Fundamental das redes pública e privada como essenciais. Esta decisão trouxe esperança para os proprietários destes estabelecimentos, que estão de portas fechadas desde o dia 1º de março, data em que o estado adotou os protocolos da bandeira preta, pelo Sistema do Distanciamento Controlado.

A proprietária da Escola Infantil Balão Mágico, Roberta Rex, argumenta que a escola já está cumprindo todos os protocolos de segurança para retomar as atividades o mais breve possível. “Os pais das crianças já voltaram a trabalhar e precisam da escola para deixar os filhos em segurança. Os pequenos não podem ficar desassistidos”, enfatiza Roberta.

Desde que a Escola Infantil Balão Mágico encerrou as atividades, os monitores mantêm os encontros virtuais com as crianças para lançar as atividades pedagógicas. Contudo, este método de ensino remoto não substitui o presencial. “Mesmo que tenhamos este cuidado, de manter encontros semanais com as crianças para não deixá-las totalmente desassistidas, nada substitui o contato físico. As atividades presenciais promovem a socialização, a troca, a interação e a construção de novas aprendizagens em grupo”, afirma.

Desafios econômicos

Assim como outras empresas que tiveram as atividades temporariamente suspensas, em decorrência da pandemia, as escolas privadas de Educação Infantil também foram impactadas economicamente. “Cada dia é um desafio. Recebemos com frequência telefonemas dos pais cancelando a matrícula, porque, assim como nós, também estão vivendo um momento de instabilidade econômica”, avalia.

Segundo Roberta, este ano está sendo ainda mais difícil que o anterior. “Em 2020, ainda contávamos com o auxílio do Governo Estadual para manter o grupo de funcionários. Agora, estamos nos virando por conta própria, pois a instituição é mantida com o valor das mensalidades”, finaliza.

“O retorno do ensino presencial é fundamental para o bem-estar e o processo psicológico-cognitivo das crianças, que estão irritadas e deprimidas de estar somente em casa.”

ROBERTA REX – Proprietária da Escola Infantil Balão Mágico

Protocolos

Pelos protocolos estaduais, a Educação Infantil e o 1º e o 2º ano do Ensino Fundamental estarão autorizados a operar na bandeira preta, mas não podem ser modificados pelo sistema de cogestão regional. No entanto, a retomada das aulas presenciais ainda está proibida no Rio Grande do Sul por decisão judicial, mas o Estado afirma que está trabalhando para reverter a decisão.

Relembre

  1. Na segunda quinzena de janeiro de 2021, Escolas de Educação Infantil retomam as atividades presenciais depois de 10 meses sem atividades, em decorrência da pandemia.
  2. No dia 18 de fevereiro, algumas escolas da rede municipal suspenderam as atividades por apresentar casos de Covid-19.
  3. No dia 27 de fevereiro, o Estado adota bandeira preta pelo Sistema de Distanciamento Controlado.
  4. No domingo, 28 de fevereiro, ação civil pública movida pela Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD) e CPERS/Sindicato contra o Estado do Rio Grande do Sul pela juíza Rada Maria Metzger Kepes Zaman, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, suspendeu aulas no Rio Grande do Sul.
  5. Em 3 de março, o Estado recorre ao STF para restabelecer ensino presencial para educação infantil 1º e 2º anos do fundamental.
  6. Na quinta-feira, 4 de março, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou no recurso do governo do Rio Grande do Sul contra a liminar que proibiu a realização de aulas presenciais no Rio Grande do Sul durante a vigência da bandeira preta do modelo de Distanciamento Controlado.
  7. No dia 23 de março, governador sanciona lei que reconhece atividades físicas e de ensino como essenciais.

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