Mulher encontrada morta em Venâncio tem ferimentos na cabeça

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A Polícia Civil está diante do segundo homicídio do ano, em Venâncio Aires. Jéssica Catiele Mendes Aguiar, 26 anos, foi encontrada morta, no começo da manhã da sexta-feira, 26, no interior do município. Aparentemente, tem ferimentos na cabeça e no pescoço. Um familiar, que reconheceu a vítima, revelou que ela era usuária de drogas e que recentemente foi agredida por uma pessoa que tem envolvimento com o tráfico de drogas.

Para o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, a mulher foi morta em outro lugar e só ‘desovada’ lá. O corpo estava enrolado em uma lona plástica preta, ao lado de um cobertor, jogado às margens da estrada que liga Centro Linha Brasil a Linha Isabel. Há pequenos furos no cobertor, que poderiam ter sido causados por tiros, mas isso ainda não foi confirmado.

O local é coberto por mata nativa, distante de moradias e onde não há sinal de telefonia e internet. Moradores disseram que a propriedade mais próxima fica distante mais de um quilômetro. Por isso, acredita o delegado Vinícius, os executores conhecem a área onde largaram o corpo.

Isso explica o fato de nenhum morador ter mais informações sobre o horário que o corpo foi desovado naquele local e nem que veículo o levou até lá. O corpo foi encontrado no início da manhã por um morador, que passou por lá e o viu, jogado ao lado de uma taquareira, no começo de uma trilha que dá acesso ao Arroio Grande. O agricultor foi até a casa de um conhecido e ambos avisaram um terceiro morador, que ligou para a Brigada Militar.

Uma guarnição foi ao local e isolou a área, até a chegada da Polícia Civil e, posteriormente, dos peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Em um exame preliminar, a perita responsável verificou que havia dois ferimentos profundos na cabeça, indicando que possivelmente estes tenham ocasionado a sua morte. O objeto utilizado no crime, mencionou o delegado Vinícius, ainda é desconhecido.

O titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) observou que em casos como este, típico de uma execução, a vítima costuma ser morta a tiros. “Mas, aparentemente, os ferimentos na cabeça da vítima não são de arma de fogo”, analisou.

Local de desova

Para o delegado Vinícius, o fato do corpo ter sido largado naquele local, pode indicar que os executores estejam usando aquela região para fazer as desovas. No ano passado, pelo menos três corpos foram encontrados naquela região em situações estranhas.
Familiares relataram ao delegado que nos últimos tempos Jéssica não tinha residência fixa. Ela era mãe de duas crianças, de 5 e 8 anos.

Nomeação

O perito Maiquel Luís Santos, que atua como Coordenador Regional de Perícias, em Santa Cruz do Sul, tem uma nova atribuição. Na sexta-feira ele foi nomeado diretor de departamento substituto do Departamento de Perícias do IGP. “Agora, como diretor substituto (adjunto), sou responsável por todos os postos do IGP de todo interior do Estado”, explicou Santos, que reside em Venâncio.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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