A Prefeitura de Venâncio Aires informou, na quinta-feira, 6, que encaminhou a demissão por justa causa da servidora que era contratada emergencialmente pelo Município e foi flagrada trabalhando também no Hospital Conceição, em Porto Alegre. O Executivo descobriu a irregularidade depois de receber uma denúncia pela Ouvidoria. Conforme nota divulgada, o Município buscará a devolução dos valores recebidos indevidamente.
Contratada pela Prefeitura de Venâncio há 18 meses, por meio de processo seletivo simplificado por análise de títulos, ela trabalhava no setor de recursos humanos e, se valendo de medida protetiva e boletim de ocorrência por ameaça, solicitou e conseguiu, em março deste ano, a modalidade de home office para as atividades. O Município destacou que atuou sempre para manter o anonimato da servidora e que lamenta o ocorrido, já que ela estava cumprindo horário no Conceição quando deveria estar a serviço da Prefeitura.
Conceição
Na manhã desta sexta-feira, 7, o presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Cláudio Oliveira, atendeu a reportagem da Folha do Mate e confirmou o vínculo da servidora com a instituição. De acordo com ele, não há como saber, no momento da contratação, que um candidato tem outro vínculo, pois é o pretendente à vaga que preenche seus próprios dados na ficha cadastral. “Não investigamos a vida pregressa”, comenta.
Oliveira lembra que o hospital foi oficiado pelo prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, na terça-feira, 4, e logo procedeu a busca por informações acerca do caso. Na próxima semana ela será chamada para dar esclarecimentos e, conforme o diretor presidente, “se alguma irregularidade for confirmada, vamos tomar as medidas cabíveis, pois nossos departamentos jurídico e de recursos humanos estão cuidando disso”.
Saiba mais
No Hospital Conceição, ela era dispenseira e tinha que cumprir horário das 6h às 12h, uma carga de 45 horas semanais. Na Prefeitura, o horário era das 8h às 12h e das 13h30min às 16h30min, um total de 40 horas semanais. O prejuízo estimado aos cofres públicos, pelo trabalho não prestado, é de cerca de R$ 7 mil.