Parte dos 130 anos desde a emancipação de Venâncio Aires e até anterior a isso está entre as paredes de um prédio histórico localizado no centro da cidade. É no Edifício Storck, na esquina das ruas Osvaldo Aranha com Barão do Triunfo, que funciona o Museu de Venâncio Aires.
Desde a fundação, em 1994, a comunidade se envolveu. Assim foi quando começou a campanha para a compra do prédio. Com 673 ‘doadores de metro quadrado’ e uma emenda parlamentar do então deputado Gleno Scherer, foi possível adquirir o edifício por 500 mil dólares. A ajuda popular também foi fundamental na montagem do acervo, recebendo milhares de doações. Aí se explica o porquê de ser chamado de “museu de muitos donos”.
“Quando resolvemos criar o Museu, não imaginávamos um deste tamanho. E quem dimensionou o tamanho foi o povo. Em duas semanas de campanha, através da imprensa, recolhemos milhares de doações que precisamos buscar até de caminhão”, lembra o tesoureiro do Núcleo de Cultura de Venâncio Aires (Nucva), Flávio Seibt.
Seibt foi um dos fundadores, ao lado de Lineo Mayer Felten, que presidia o Nucva na época. “O Museu personifica o que há de concreto e também abstrato. Porque temos peças que representam as famílias e costumes de épocas diferentes. Mas também representa e guarda as memórias do município, para sempre. Ele salva, digamos assim, a prova histórica, e a comunidade sempre entendeu isso e ajudou”, destaca Felten.
Futuro
Em outubro, o Museu fará 27 anos. E, mesmo sendo o lugar que ‘vive de passado’, está sempre preocupado com as perspectivas futuras. Elas passam, entre outros fatores, por melhorias no prédio e na manutenção do seu acervo. Um dos objetivos daqui para frente é a restauração do Edifício Storck. “Nós estamos planejando um projeto, mas é complicado porque o prédio é tombado. Ele não será reformado, mas restaurado, e terá que ter o mesmo acabamento como teve quando foi concluído, na década de 1930”, explica Flávio Seibt.