Levantamento mensal realizado pela Folha do Mate aponta que a diferença do valor médio para adquirir os 38 itens pesquisados não teve alterações significativas neste mês. No mês passado, a média de todos os produtos ficou em R$ 340,41 e, agora, R$ 341,04,
um acréscimo de 0,18%.
A pesquisa foi realizada nos três supermercados utilizados como base, na segunda-feira, 3. O que chamou mais a atenção em maio foi a variação de preços entre os estabelecimentos, que chegou a 15%. O valor mais baixo foi registrado no supermercado 3, no qual a soma de todos os itens chegou a R$ 315,07. Já o preço mais elevado foi de R$ 365,08, registrado no supermercado 2. O rancho no supermercado 1 totalizou R$ 342,96.
Na comparação com abril, neste mês 17 produtos tiveram acréscimo no valor, 13 diminuíram e oito permaneceram iguais. A queda mais significativa foi no preço do arroz, no qual o valor médio para o pacote de dois quilos passou de R$ 9,78 para R$ 8,95. Já o aumento mais relevante foi no preço médio do quilo da mortadela, que passou de R$ 12,92 para R$ 14,93.
Outro item que voltou a subir foi o óleo de soja, que passou de R$ 7,55 em abril para R$ 8,49, a média, em maio. Na comparação com o mesmo mês no ano passado, a diferença da média para adquirir todos os itens é de 16,77%, já que em maio de 2020 o preço ficou em R$ 292,05.
ECONOMIA
Com a elevação constante nos preços praticados, cabe a cada consumidor definir estratégias em busca da economia doméstica. Segundo o economista Everton Lopes, a ferramenta mais importante e eficaz é a pesquisa de preços para identificar os locais onde os valores estão mais em conta.
Porém, o profissional destaca que é muito importante atentar para o prazo de validade dos produtos. “Muitas vezes, quando está em promoção, o produto está com o prazo de validade finalizando”, alerta. Além disso, Lopes orienta a avaliar o custo-benefício da compra, levando em conta os gastos para deslocamento até os supermercados, por exemplo.
O economista também sugere reavaliar a cesta de consumo e substituir as frutas e legumes que estão fora de época, por outros com preços melhores. “Lembrando sempre do tempo de consumo e prazo de validade, para um melhor aproveitamento e economia doméstica”, observa.
Lopes também reforça que deixar de lado os ranchos mensais e adotar a prática de comprar aos poucos, conforme a necessidade e preços mais vantajosos, também pode gerar um resultado em economia. “São uma excelente alternativa as compras aos poucos, no entanto nem todos podem fazer compras diárias ou semanais. Ao comprar com o cartão de crédito, devemos ter o cuidado para que no dia do vencimento possamos liquidar a fatura em sua totalidade, evitando assim um possível endividamento”, salienta.
“Planejamento é a palavra chave. Tendemos a um melhor resultado em tudo o que planejamos. E, mesmo que ele não seja positivo, temos maior clareza de onde podemos ajustar. Tudo o que podemos controlar é possível melhorar e não é diferente quando falamos de economia doméstica.”
EVERTON LOPES
Economista e educador financeiro