Tudo leva a crer que o PTB de Venâncio Aires terá um desafio e tanto para se manter forte nos próximos meses. Um dos maiores partidos da Capital Nacional do Chimarrão, que conta hoje com cinco vereadores na Câmara, deve sentir os reflexos do racha entre as executivas nacional e estadual protagonizado recentemente. É provável que o racha também seja concretizado por aqui.
Parte das principais lideranças da legenda já se apresenta em lados opostos: o ex-prefeito Celso Krämer e os vereadores Diego Wolschick e Clécio Espíndola, o Galo, estão apoiando o deputado federal Maurício Dziedrieck (PTB), enquanto o ex-vereador Arnildo Camara e os vereadores Ezequiel Stahl e André Kaufmann permaneceram na base do também deputado federal Marcelo Moraes (PTB). Desde que esta configuração veio à tona, problemas começaram a aparecer, mas o presidente da sigla, Celso Krämer, sempre negou que exista atrito interno.
Agora, no entanto, não há mais como esconder, pois corre com mais frequência o comentário de que Krämer está disposto a fundar o Podemos em Venâncio Aires. Além disso, conforme informações que recebi de fontes quentíssimas do partido, o ex-vice-prefeito não conseguirá levar consigo um número expressivo de filiados, como imaginava que iria acontecer. Segundo a fonte, muitos correligionários estão até querendo que ele deixe a presidência e permita a oxigenação da sigla.
BELTRAME COMANDA O GAECO
O promotor de Justiça João Afonso da Silva Beltrame não está mais lotado em Venâncio Aires. Na manhã de ontem, ele liderou sua primeira operação como comandante estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Mato Leitão. Há alguns anos, Beltrame passou até por treinamento antimáfia, na Itália.
Com apoio da Polícia Civil da Capital do Chimarrão, os agentes recolheram documentos que serão analisados para embasar investigação sobre supostas irregularidades na execução de contrato de fornecimento e transporte de brita e cascalho de uma empresa de Lajeado para a Prefeitura da Cidade das Orquídeas.
As suspeitas se referem ao período de 1º de março de 2015 a 31 de dezembro de 2016, quando Carmen Goerck (Progressistas) comandava o Executivo. A ex-prefeita se diz tranquila, garante que sempre trabalhou com lisura e transparência e se colocou à disposição das autoridades para o curso da investigação. Até o momento, ela não foi notificada pelo Ministério Público.