Por Wirk Kussler: Junho, mês do amor e da diversidade

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O mês de junho acende o amor entre os pares. O tradicional Dia dos Namorados é um marco. Porém, o mundo LGBTQIA+ celebra também toda a evolução e conquistas de décadas de repressão.
Desde quando o mundo existe, sempre teve héteros e gays, porém, o falso moralismo marginalizou os gays e os empurrou para um submundo ignorado e ridicularizado por conceitos de poucos que dominavam os demais, usando da religião e de costumes arcaicos que reprimiam todas as minorias.
Os movimentos hippie dos anos de 1960/70 despertaram a liberdade sexual dos jovens, que se firmaram em defesa de suas preferências, vontades e convicções. Trazendo ao palco um novo começo de se expressar com estilos arrojados e muitas cores e formas, que na época ecoou um grito de liberdade que nunca mais foi abafado. Já os anos 80, foram avassaladores com a epidemia do HIV, que ceifou milhares de vidas e quase condenou para sempre toda a comunidade LGBT, que foi massacrada novamente por pré-conceitos errados que culparam uma única classe pela existência do vírus. Novamente os moralistas de plantão quiseram determinar que as pessoas que nasceram gays, seriam pessoas ‘doentes’, causando outro sofrimento gigantesco a uma classe já tão fragilizada e oprimida.
Mas todo o sofrimento e as limitações de gerações massacradas, tiveram um novo grito de esperança em 17 de maio de 1992, quando a OMS reconheceu que os gays nasciam gays, logo não era doença e, assim, derrubaram toda uma narrativa destrutiva que até muitas famílias submetiam os gays a viverem, quando já na sua adolescência eram expulsos e rejeitados por seus familiares.
Portanto, nestes últimos 30 anos ocorreram muitas conquistas. Famílias começaram a repensar seus pré-conceitos, a sociedade se solidarizou com os gays que estavam no seu convívio e, assim, começou uma nova era, com uma ‘normalidade’ discreta.
Mas somente no final dos anos 90 que a comunidade gay começou o movimento expressivo mundial, com as paradas gays, que mostraram a dimensão de pessoas que formavam e defendiam direitos e liberdade de ser como são, de ser reconhecidos como família, de amar a pessoa escolhida para compartilhar um mesmo caminho.
Vários projetos políticos foram derrubados que visavam legalizar o básico para a comunidade LGBT, porém somente em maio de 2011 o STF reconheceu a união homoafetiva legal e igual à união civil de héteros. No meu entendimento, o maior marco histórico para a comunidade gay no nosso país.
Hoje se busca outras conquistas, se discute preconceitos, direitos, mas nada pode ser maior do que a igualdade jurídica conquistada, que garante todas as leis e normativas no Brasil, regendo direitos e deveres iguais a héteros e gays.
Hoje, temos muito a comemorar e também, é claro, precisamos saber transitar num mundo igualitário com oportunidades e dificuldades para todos. Onde a inteligência e bom senso é a escalada de sucesso para todos as pessoas alcançarem seus objetivos.

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