Inter não consegue vencer, e Diego Aguirre se vê obrigado a explicar escolhas

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Mais dois jogos sem vitória entraram na conta do Internacional nas duas rodadas mais recentes do Campeonato Brasileiro. No domingo, 27, empate com o América-MG em Belo Horizonte. Nesta quarta-feira, 30, pela oitava rodada, derrota para o Palmeiras no Beira-Rio.

Com a conclusão da rodada, o Inter está em 14ª lugar na tabela da série A, com nove pontos e 37,5% de aproveitamento. Ao longo do Brasileirão, foram apenas duas vitórias e, no meio do caminho, uma derrota de 5 a 1 para o Fortaleza. O desempenho do Colorado levanta dúvidas acerca das mudanças promovidas pelo técnico Diego Aguirre, que recém assumiu o cargo – foi anunciado no dia 19.

Depois de quase conquistar o Brasileirão do ano passado, ninguém esperava um desempenho tão titubeante do Internacional. Dificilmente alguém que tenha utilizado o Código Bônus Sportingbet para dar palpites no início do ano sobre os favoritos para conquistar o campeonato neste ano, não tenha incluído o time gaúcho.

A situação desesperadora do Grêmio, que ainda não foi capaz de vencer um único jogo no Brasileirão e está em último lugar na tabela, ajuda a desviar a atenção dos problemas que vive o Inter. Porém, o quadro não é favorável para o comando da equipe colorada.
A derrota desta quarta foi simbólica para o declínio do Inter porque o Palmeiras não vencia o Inter em Porto Alegre desde 2016, quando o time paulista foi campeão do Brasileirão.

Na derrota por 2 a 1, o Palmeiras marcou o primeiro gol logo aos 9 minutos com Deyverson que desviou o chute de Raphael Veiga de dentro da pequena área. Edenilson empatou, aos 19 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti marcado após consulta ao VAR, quando o juiz expulsou Kuscevic, Mas os colorados perderam chances e não aproveitaram a vantagem de um jogador a mais e, para piorar sofreram a virada com um gol esquisito assinalado por Danilo aos 43’.

“Cometemos alguns erros e pagamos caro” – esse foi o parecer sobre o desempenho do Inter dado pelo técnico Diego Aguirre na entrevista coletiva após a partida, na noite desta quarta. “Acho que tínhamos controlado o jogo. A intenção foi ganhar a todo momento. Tínhamos um homem a mais. Colocamos Vinicius e Boschilia para ter mais força no ataque. Com a intenção de ganhar o jogo, ficamos um pouco mal posicionados para receber os contra-ataques”.

O uruguaio comentou ainda as escalações e substituições que causaram surpresa na partida, como Rodrigo Dourado e Johnny juntos e manter Mauricio no banco. “Comecei com Johnny para fortalecer o meio e ter mais contenção. Justamente para não tomar contra-ataque, uma das coisas boas do Palmeiras. Mauricio teve um desgaste muito grande nos últimos dois jogos e um risco grande de lesão”, afirmou Aguirre.

Depois do jogo anterior, o empate com o América-MG, Aguirre também precisou se justificar diante das suas escolhas. Ele manteve Yuri Alberto e Edenílson no banco no início da partida, e ambos só entraram em campo no segundo tempo – o que ajudou o Inter a obter o empate, pois, até então, o América vencia.

“Foi um plano para protegê-los. Nós estamos com nove jogadores no departamento médico e esse é um momento muito delicado para correr algum risco desnecessário. Não pensamos somente no jogo de hoje, mas em todos que temos pela frente”, afirmou o técnico após o empate de domingo.

Na mesma entrevista, Aguirre reconheceu uma deficiência da sua equipe: a bola aérea defensiva. Foi justamente essa falha que o América explorou para marcar seus dois gols na partida anterior – um dos quais foi anulado pelo VAR. “Podemos estar ganhando o jogo, mas tomar um gol de bola parada e acabar perdendo o jogo por uma situação dessas. Isso é uma das coisas que temos que continuar trabalhando, temos muitas ideias, coisas que queremos fazer e que aos poucos serão implementadas”, afirmou Aguirre.

Se o Inter não mostrar uma melhora substancial nos próximos jogos, o treinador uruguaio terá motivos para se preocupar. Sua contratação para o comando do Inter ocorreu por causa do fracasso do seu antecessor, Miguel Ángel Ramírez, em tornar o Colorado mais competitivo. O péssimo início dos clubes tradicionais brasileiros nesta temporada agrava o ambiente de intolerância com os técnicos. Assim, a mesma torcida que, há poucas semanas protestava contra Ramírez pode, agora, eleger Aguirre como próximo alvo.



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