A Brigada Militar e os fiscais da Secretaria de Agricultura do Estado preparavam-se para dar início a uma operação sanitária em Vale Verde, por volta das 11h desta terça-feira, 27, quando receberam uma denúncia de que abigeatários efetuaram disparos de arma de fogo em uma propriedade rural, na localidade de Picada do Queijo, interior de Vale Verde.
Imediatamente, uma guarnição da Brigada Militar daquele município foi até o local, onde localizou dois animais amarrados, prontos para o abate, e carcaças de outras reses carneados há mais dias. Os animais vivos foram devolvidos ao seus proprietários. Os abigeatários não foram localizados.
Após evitarem o furto dos bovinos, deu-se seguimento a operação, que contou com efetivo de Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Passo do Sobrado e General Câmara, sendo vistoriados um abatedouro e um açougue, pertencentes ao mesmo proprietário.
Segundo a capitão Michele da Silva Vargas, o estabelecimento comercial foi notificado e lavrada uma comunicação de ocorrência por venda de carne sem procedência e sem condições adequadas para consumo.
Os produtos apreendidos foram miúdos e envoltórios bovinos, totalizando 32 quilos, e toicinho suíno, num total de 24,5 Kg.
Ainda foram apreendidas etiquetas e lacres para carcaça por estarem em local diverso do previsto em lei. Os produtos serão destinados à graxaria.
Conforme a capitão Michele, os estabelecimentos estão sendo fiscalizados de forma aleatória, a fim de que se possa verificar todos que realizem o abate e venda de animais.
Muito trabalho
A comandante da 3ª Companhia relata que ainda há muito trabalho pela frente. “Mas não vamos deixar que agricultores, sejam pequenos ou grandes proprietários, fiquem no prejuízo. E para isso precisamos da ajuda do poder municipal junto às suas Secretarias Municipais de Agricultura, para emitirem registro das marcas dos animais, da própria Secretaria de Agricultura do Estado, que vem sendo nossa parceria com os fiscais sempre atuantes”.
A oficial segue explicando que para isso, é preciso que seja revista a Guia de Transporte Animal (GTA), para que traga em campo específico a marca do animal transportado.”Isso facilita a conferência em abordagem nas estradas”.
A capitão Michele ressalta que é preciso o apoio da comunidade. “As pessoas devem ligar para a Brigada Militar do seu município (190) quando tenha suspeita de animais sendo carregados de forma clandestina. Assim, o veículo poderá ser abordado e fiscalizado. A Brigada Militar precisa da comunidade, bem como a comunidade da Brigada, precisamos nos unir para termos resultados”, enfatiza a comandante.