Voto impresso auditável: O que dizem os vereadores de Venâncio Aires sobre o tema

-

Por Luana Schweikart e Carlos Dickow

• Ricardo Landim (PSL): “Sou e sempre serei favorável à transparência”.

• Helena da Rosa (MDB): “Sou a favor do voto auditável, pois como diz o ditado, o poder emana do povo. Então, está mais do que na hora de ouvirmos o desejo legítimo da população brasileira, que demonstrou democraticamente nas ruas o quanto quer o voto auditável e verificável. Isso é essencial para a democracia”.

• André Kaufmann (PTB): “Já me manifestei sobre o assunto na sessão da Câmara e nas redes sociais. Sou favorável ao voto impresso auditável, pois ele dá mais transparência e torna o processo mais democrático. Esta é minha posição pessoal, não estou fazendo campanha para Bolsonaro ou anti-PT, é que a gente vê uma série de informações sobre a violação da urna eletrônica existente hoje no país. Não sou contra a urna eletrônica, acho que a modernidade é importante, mas também sou favorável, caso seja necessário, fazer alguma consulta, auditar a eleição. Quero lisura, transparência e democracia na hora do voto”.

• Tiago Quintana (PDT): “Manifesto opinião favorável a toda e qualquer medida ou instrumento que possa tornar nosso sistema de votação, apuração e controle eleitoral mais seguro e transparente. Isso tem acontecido em nosso país, não é à toa que a Justiça Eleitoral é um dos serviços públicos que tem maior credibilidade. Lembrando que o processo eleitoral é acompanhado de perto pelo Ministério Público, Polícia Federal, OAB, os próprios políticos, imprensa e a população. Porém, qualquer alteração ou evolução deve ser feita respeitando o diálogo e a competência de cada poder instituído em nosso país. Inserir um hardware (impressoras) em 500 mil urnas deve ser precedido de diversos testes e aprimoramento, assim como foi feito em relação à urna eletrônica, que não foi inserida de uma única só vez em todos os locais. Começar esse processo um ano antes da eleição nacional pode gerar mais desconfiança e confusão do que levar credibilidade. Cabe ressaltar que todo e qualquer software ou hardware pode ser auditável, então não podemos afirmar que eleições foram fraudadas, a não ser que exista todo um sistema conspiratório, onde todos os envolvidos, instituições e pessoas, trabalhem em conjunto para fraudar e eleger quem eles querem e, acima de tudo, sem deixar rastros. Não seria lógico, mas respeito quem acredita nessa versão. Por fim, a democracia, o voto direto e a informação verdadeira devem ser preservados sempre. É fundamental o diálogo entre as instituições envolvidas, mesmo que tenham opiniões diferentes”.

• Paulo Valdomiro Souza (PSD): “Sou a favor do voto impresso, porque houve muita falcatrua nas últimas eleições. O Bolsonaro tem razão, isso pode ser alterado. Todo mundo sabe que o Bolsonaro ganhou no primeiro turno e todo mundo sabe que a diferença do Bolsonaro no segundo turno foi bem maior. Ele ganhou na maioria dos estados grandes e a diferença foi muito pouca”.

• Janete Brandão (PSD): “Sou favorável ao voto auditável, pois ele demonstrará a transparência das eleições. A partir de qualquer dúvida, o voto impresso poderia ser conferido. Lógico que isso geraria mais gastos, mas a população hoje e sempre pede a transparência, que é fundamental para o bom andamento de qualquer setor”.

• Benildo Soares (Republicanos): “Sou favorável ao voto auditável, pois quero saber para quem realmente foi o meu voto. Hoje, é impossível saber, portanto não abro mão desse direito. Quero respeito à democracia e que as eleições sejam verdadeiramente transparentes”.

• Ezequiel Stahl (PTB): “Faço questão de dizer que sou favorável ao voto impresso e auditável. É uma forma de trazer segurança ao processo. Quanto mais lisura a gente tiver, melhor. Isso é dar a transparência, que tanto se fala no serviço público. Se a pessoa paga uma conta, ela pede um recibo. Se vai fazer um concurso público, deixa o cartão de respostas, com o nome e assinatura, para que em caso de algum questionamento, o cartão possa ser conferido. O que poderia ser feito, em um primeiro momento, é um esclarecimento melhor de como isso vai funcionar. Existem alguns mitos de que a pessoa vai sair por aí com o voto impresso na mão, mas não é. A conferência se daria por meio de um acrílico e, depois, o voto cairia para dentro de uma urna. Isso viabilizaria auditorias em algumas seções eleitorais, para sabermos se o voto corresponde ao que foi digitado na urna. Quem não deve, não teme. Já que se gasta tanto no nosso país com situações desnecessárias, que se dê a possibilidade de uma conferência posterior. A gente sabe que todo o sistema, por mais seguro que seja, é suscetível a invasões. Exemplo disso é o recente episódio de invasão do sistema do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por um hacker. Se um sistema como este é suscetível, acredito que a urna eletrônica também possa ser”.

• Gerson Ruppenthal (PDT): “É um assunto bastante complicado. Acho que não podemos voltar no tempo e, se queremos tornar o voto ainda mais seguro, a solução seria fazer ajustes relacionados à urna eletrônica, já que existem suspeitas de sabotagem, embora até hoje não tenhamos nenhuma comprovação. Então, sou a favor que se trabalhe mais no que se refere à segurança da urna eletrônica, até por conta da agilidade de apuração no dia da votação”.

• André Puthin (MDB): “Sou totalmente favorável a essa questão do voto auditável. Penso que a transparência nas instituições que se dizem democráticas nunca será demais e é uma obrigação de quem tem a caneta na mão. E vou mais além: acredito que este instrumento, se assim for aprovado, vai provocar uma derrocada neste sistema clepto progressista que não desiste de arruinar a nação e submeter o povo a este tipo de despotismo. Vai acabar também com o conservadorismo que ainda faz parte do DNA do brasileiro. Fico preocupado, porque TSE, STJ e STF insistem em não enxergar esta democracia, inclusive usando o termo arcaico. Arcaico, para mim, é receber um tíquete recortado com uma régua ou uma tesourinha após a eleição”.

• Sandra Wagner (PSB): “Precisamos levar em consideração que o processo existente hoje é o que aplica o que há de mais moderno em tecnologia no mundo. Há 25 anos, em 13 eleições, a votação através de urna eletrônica tem ocorrido de forma transparente e confiável, sem nunca ter ocorrido algum indício de fraude ou manipulação. Desta forma, acredito que o processo deve seguir assim, já que é referência no mundo. A mudança não seria tão significativa assim, já que ao término da votação se tem voto por voto impresso nos boletins de urna. A mudança provocaria gastos extras, para alterações nas máquinas, e se quebraria a premissa do sigilo do voto”.

• Elígio Weschelfender, o Muchila (PSB): “Acredito que há outros interesses frente a esta discussão, porque quando tu está de um lado e tem a vitória nas urnas, tu não questiona o resultado. Mas, quando tu te sente ameaçado, aí tu começa a questionar. Vamos pegar como exemplo a primeira eleição entre o Giovane (Wickert) e o Jarbas (da Rosa), que teve uma diferente de 257 votos e ninguém levantou qualquer suspeita de fraude. Aceitaram o resultado das urnas e seguiram em frente. Agora nesta última eleição foram oito mil votos de diferença, e também ninguém ficou sapateando e achando que tinha alguma fraude, algum rolo. Olha a minha eleição. Eu fiz 511 votos, achava que faria mais por todo o trabalho realizado, mas foi o que a urna me mostrou. Isso tudo me parece pano de fundo para outros interesses. Está se avizinhando uma eleição polarizada entre Lula e Bolsonaro. Vamos que o Lula ganhe, daí o Bolsonaro vai querer discutir, vai ter uma manifestação dele, o povo vai para as ruas e podemos ter um golpe de Estado, uma revolução civil. Acho que não é interessante. Nunca houve uma fraude comprovada”.

• Renato Gollmann (PTB): “Sou totalmente favorável, pois precisamos de mais transparência nas eleições. Inclusive, vou mais longe: é preciso ter um sorteio em público, com seleção de 10 a 20 urnas aleatórias, para conferência do cartão impresso com o que foi digitado na urna eletrônica”.

• César Garcia (PDT): “Sou a favor de qualquer mecanismo que contribua para a segurança do processo eleitoral e da transparência. Se é para termos garantia de que o pleito não terá desvios, não há porque fazer oposição à ideia. Tem a questão dos custos, mas entendo que, para que tenhamos a democracia preservada, é um investimento importante. Dessa forma, teremos a urna eletrônica, que é tida como confiável e, ao mesmo tempo, a possibilidade de verificação em caso de alguma dúvida”.

• Claudio Weschenfelder (PDT): “Todos defendem a transparência na política, bem como processos eleitorais democráticos. Acredito que seria mais uma alternativa para a garantia da credibilidade dos pleitos, desde que não se torne uma ferramenta para discussões eternas após uma eleição. Penso que esta mudança deve ser implementada com mais calma, não às vésperas de uma eleição. Ainda há muita dúvida em relação à proposta, alguns são levados a acreditar que estamos falando de voltar ao passado, quando tínhamos o voto manual. Mas, na verdade, não é esta a intenção. Pelo que me informei, a urna eletrônica emitiria um documento para conferência do que o eleitor digitou, sem que as pessoas possam sair das seções com o voto na mão. Tudo que for para contribuir com a lisura é importante, mas é preciso diálogo e implementação com convicção, sem afobação.”

• Clécio Espíndola, o Galo (PTB): “Minha manifestação é contrária. Até porque as urnas eletrônicas já têm um sistema auditável. Penso que seria um custo muito grande para mudar o que está funcionando bem. As pessoas, quando vão votar, já estão conscientes e nunca tivemos episódios de fraude”.

• Diego Wolschick (PTB): “Pelo que sei, as urnas eletrônicas já são auditáveis. Quanto às polêmicas levantadas, creio que deve ser feito um estudo ou pesquisa, e que seja aplicada a melhor forma de manter a democracia e a segurança dos eleitores”.

• Importante: A Câmara de Vereadores de Venâncio Aires tem 15 integrantes, mas a Folha do Mate ouviu 17 parlamentares porque Helena da Rosa (MDB) e Paulo Valdomiro Souza (PSD) estão de saída, para a chegada de André Puthin (MDB) e Janete Brandão (PSD).

LEIA MAIS:

notícias política Folha do Mate

 



Assessoria de Imprensa

Assessoria de Imprensa

Conteúdos recebidos de assessorias de imprensa de empresas, órgãos públicos, políticos, entre outros.

Clique Aqui para ver o autor

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido