A cada dia mais empresas investem em vendas online de olho na alta demanda do consumidor, que cada vez mais opta por comprar bens e serviços sem sair de casa. E isso não é à toa. Hoje, o segmento de vendas pela internet é um dos mais promissores do mundo. Segundo o relatório Recovery Insights, por exemplo, o varejo online movimentou mais de US$ 900 bilhões em todo o planeta.
E as justificativas para que o consumidor busque o e-commerce são diversas: vão desde a praticidade de receber o produto ou o serviço em casa, passando pelos preços que muitas vezes são mais atraentes, até a segurança e a saúde. Não à toa, esse segmento teve um impulsionamento ainda mais expressivo durante a pandemia da Covid-19.
Isso se deu já que a população mundial acabou sendo obrigada a passar mais tempo em casa, enquanto o comércio físico fechava suas portas. Com isso, as vendas online ganharam destaque como uma forma segura, prática e confortável de adquirir produtos essenciais como alimentação, vestuário e medicamentos, até os funcionais como eletrônicos, incluindo os de lazer.
E o que as análises mundiais verificaram é que, mesmo em países nos quais os comércio eletrônico ainda é tímido, com poucas lojas online, o lucro já mostrou o potencial do setor.
Prova disso é o estudo realizado pelo site italiano de auxílio ao consumidor ReviewBox, que mostra que o crescimento anual do e-commerce na Itália local foi de mais de 20%, entre 2010 e 2019, enquanto que mais de 30% da população já prefere comprar online. Isso mesmo com o baixo índice de investimento no setor.
Para se ter uma ideia, no mesmo período, o crescimento no Reino Unido, que é considerado o país com maior destaque no e-commerce europeu, foi de apenas 13%.
Já no Brasil, dados do índice SpedingPulse apontam que o e-commerce brasileiro teve um aumento expressivo no número de lojas online, além de um crescimento nos lucros de 75% apenas em 2020.
O que vem por aí
De olho nos lucros de países consolidados no e commerce como China e Estados Unidos, e também nas regiões mais promissoras como Itália e Brasil, o setor prevê uma mudança quase que definitiva do comportamento do consumidor.
O relatório Recovery Insights: Commerce Evolution da Mastercard estima, por exemplo, que entre 20% e 30% dos negócios que migraram para o mundo online por conta da pandemia se mantenham assim indefinidamente por conta da demanda dos compradores. Um exemplo é o Rio Grande do Sul que está em quarto lugar na lista dos estados que mais compram online.
De acordo com especialistas, essa é mais uma prova de que vale a pena investir no digital, em plataformas e em campanhas de impulsionamento, para vender bens e serviços sempre de olho na preferência do público-alvo que, em geral, busca qualidade, preço baixo, frete grátis e entrega rápida.