Basta uma volta no interior ou cidade para encontrar flores de diferentes tonalidades colorindo as ruas, estradas, os canteiros e pátios das casas. O clima já anuncia que a primavera está se aproximando. Com a chegada do mês de setembro, o desabrochar das flores encanta e alegra os dias. Quem está animado com a aproximação da estação colorida é o morador de Vila Palanque, Paulo Arenhardt, que está completando 77 anos, neste domingo, 5.
Arenhardt é conhecido pela família e amigos pelas mãos habilidosas quando o assunto é cuidar e plantar flores. Depois de trabalhar quase quatro décadas como pedreiro, o aposentado encontrou nas flores e folhagens uma verdadeira terapia. Após de dedicar a um serviço bastante pesado – de pedreiro –, o morador do 6º distrito se dedica a um trabalho mais minucioso e extremamente delicado.
Ao lado da residência, ele e a esposa Hildegard, 69 anos, cultivam inúmeras variedades de flores, entre elas orquídeas, as preferidas de Arenhardt. “Quando eu planto é muito difícil não crescer. A gente se dedica e cuida. Eu digo que planto com amor”, comenta o aposentado.
O cuidado com as flores e o pátio é a tarefa preferida dele. “Eu dedico bastante carinho, tempo e cuidado com as atividades.” Para as plantas não ficarem muito expostas ao vento, frio e calor, o morador de Vila Palanque instalou uma espécie de cobertura para as orquídeas. Sem dúvida, as plantas gostaram, pois o perfume e a quantidade de flores é bastante significativo já nessa época do ano.
Quem acompanha de perto a dedicação dos avós é a neta Bruna Elise Stumm, 20 anos. A estudante de Letras voltou a morar em Vila Palanque com os avós durante a pandemia e destaca que, para o avô, a hora de cuidar das flores é o momento que ele está feliz. “A gente percebe que ele tem um dom. Isso para ele é uma terapia e por transmitir tanto amor pelo que faz isso dá tão certo”, comenta.
Profissão
Paulo Arenhardt mora no ‘coração’ de Vila Palanque e da casa dele é possível visualizar a igreja e pavilhão da comunidade, o que para ele tem um significado ainda maior, afinal, na época em que atuava como pedreiro, auxiliou na construção dos prédios da comunidade. “Ajudei a construir o ginásio e a igreja. Além de muitas casas do Palanque e Travessa”, comenta.