Acostumada a estar sempre atenta às movimentações, a buscar e divulgar as histórias de quem vive o tradicionalismo, a colunista de cultura gaúcha da Folha do Mate, Beatriz Colombelli, virou notícia. Bea, como carinhosamente a chamamos, foi nossa colega no jornal até o ano passado, como revisora. Desde o início do mês, ela retomou a coluna semanal que havia sido interrompida em março do ano passado, no início da pandemia de Covid-19, que levou à suspenção de eventos culturais.
Se, durante boa parte do seu percurso como tradicionalista, Beatriz esteve no papel de entrevistadora, agora, é ela a fonte de informações, como patrona da Semana Farroupilha de Venâncio Aires. Nos últimos dias, de intensa programação alusiva ao 20 de setembro, a Bea virou fonte (como chamamos os entrevistados) recorrente nas matérias.
Na manhã de sexta-feira, 17, recebemos a visita dela na Redação. Transbordando gratidão e felicidade pela homenagem como patrona, ela fez questão de agradecer o carinho e a contribuição da Folha do Mate na visibilidade do movimento tradicionalista.
Trabalho comunitário: os heróis do dia a dia
O tema da Semana da Pátria de Venâncio Aires despertou uma reflexão interessante: ‘Há um herói em todos nós: despertá-lo é o desafio’. Discutindo a pauta na redação, para definir uma matéria especial para a edição do dia 7 de setembro, comentamos sobre os heróis do dia a dia – aquelas pessoas ligadas à comunidade e que estão sempre contribuindo com o trabalho voluntário. São os heróis sem capa e que nunca tiram férias.
Em Venâncio Aires, que é considerado um município bastante solidário, são muitos exemplos para se inspirar, de ONGs a clubes de serviço e associações de bairro. Com certeza, todos temos, em casa ou entre amigos, exemplos assim. Minhã mãe, Maria Cristina Agnes Bencke, por exemplo, participou da Associação de Pais e Mestres (APM) da Escola Dois Irmãos durante toda a minha trajetória na escola – e também na da minha irmã, Sabrina. Meu avô materno, Aloysius José Agnes, falecido em 2014, foi um importante líder comunitário, sendo um dos fundadores e o primeiro presidente da Comunidade Católica São Francisco Xavier. Tudo sempre feito com muita dedicação e “gastando muita sola de sapato”, como ele sempre contava.
São exemplos que me inspiram e a partir dos quais sempre valorizei esses heróis sem capa, que buscam fazer a diferença e ajudar a desenvolver o município. Arrisco dizer que é praticamente impossível uma edição do jornal sem algum desses voluntários. E você, já se tornou um deles?
Bairro Aviação

Entre os exemplos de atuação comunitária estão as associações de bairros e de localidades do interior. A Associação de Moradores do Bairro Aviação, por exemplo, todos os meses realiza uma galinhada em prol da entidade.
O presidente, Luis Antônio Marmitt, leitor assíduo da Folha do Mate, sempre faz questão de divulgar a ação beneficente e registrar os vencedores do tradicional sorteio de prêmios entre as pessoas que adquirem o almoço. “É através das divulgações que as pessoas da nossa comunidade sabem onde os recursos são investidos”, considera.
Nesta semana, Marmitt compartilhou comigo uma foto da obra na sede da associação. Com os recursos arrecadados basicamente através das galinhada, a entidade está construindo a nova ala da cozinha. “Será um espaço amplo com cinco bocas de panelões, visando maior eficiência e melhorar as exigências legais atendendo por completo a legislação”, observa.