Me emocionei muito, na tarde do último domingo, ao conversar com a família do venezuelano Manuel Hernandez, no dia seguinte à chegada da esposa Gumeryelis Malabe e das filhas Mayerlin, 8 anos, e Manuelis, de 1 ano e 8 meses.
Ele, que está no Brasil há um ano e sete meses, e em Venâncio desde o início de 2021, conseguiu trazer a família para Venâncio com a ajuda da comunidade. Os colegas de trabalho do Supermercado Frey organizaram uma ação entre amigos para auxiliar nos custos da viagem.
A fé, a alegria e a gratidão transbordavam nas palavras e nos olhares deles e dos amigos venezuelanos que acompanharam a entrevista. Em meio às lembranças de muitas dificuldades que enfrentaram por conta da crise econômica e política no país natal, eles não cansavam de elogiar o quão solidários têm sido os venâncio-airenses. Saí de lá com o peito cheio de orgulho do nosso município, que acolhe os imigrantes assim como nossos antepassados aqui foram acolhidos.
Arrisquei algumas palavras em espanhol com a pequena Mayerlin, que, toda sorridente, me ofereceu uma bala. A embalagem dizia ‘Obrigada por me escolher’. Que bom que podemos escolher ajudar e acolher histórias como a dela. Que possamos seguir acolhendo e vendo sonhos como o do Manuel se tornarem reais. Confira aqui a matéria sobre a família de Manuel.
O jornal na sala de aula
Compreender tecnologias de informação e comunicação de forma crítica e reflexiva, produzir conhecimento e desenvolver projetos autorais e coletivos estão entre as competências de linguagens previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em vigor desde o ano passado. Ao encontro disso, o jornal é uma importante ferramenta em sala de aula. Por meio de visitas à sede da Folha do Mate ou bate-papos com os profissionais, os alunos têm a oportunidade de conhecer o processo de apuração das notícias.
É o que ocorreu na manhã de sexta-feira, 24, quando a jornalista Taís Fortes conversou com a turma de 4º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Santo Antônio de Pádua, de Mato Leitão. A convite da professora Solange Stülp, Taís, que mora na Cidade das Orquídeas e estudou na instituição, relatou aos alunos como é o dia a dia do jornal e explicou como fazer uma entrevista. O objetivo foi instruí-los, para a entrevista que irão realizar com a enfermeira Luciane Salvalaggio Sebastiany, que atua no atendimento de Covid-19 em Mato Leitão, para elaborarem notícias sobre a pandemia.
As nascentes do Castelhano
A revitalização das nascentes do arroio Castelhano tem sido bastante evidenciada, ultimamente, por conta do projeto ‘Nascentes: nossa água, nosso futuro’, da Folha do Mate e Terra FM.
A primeira vez que visitei uma nascente foi no fim de 2017, na propriedade de Egon e Lires Schmidt, em Linha Sapé. Não esqueço da água limpa e geladinha, protegida pelo morro, e da dedicação de seu Egon em preservar a fonte, um bem que está na propriedade dele, mas é universal. “A água não é minha, é de todo mundo”, disse ele, que sempre manteve o ensinamento do avô de que, enquanto a nascente estivesse viva, o Castelhano não morreria. Quem dera todos tivessem a mesma consciência de seu Egon, sobre o quanto cuidar da água é primordial.