O preço médio da lista de compras – pesquisa feita pela reportagem da Folha do Mate desde janeiro de 2019 – apresenta uma variação de 17,86% no mês de outubro na comparação com o mesmo mês no ano passado. Agora, a média para adquirir os 38 produtos ficou em R$ 372,84, já em 2020 o preço correspondia a R$ 316,32.
Na comparação com setembro, o aumento é de R$ 3,3%, já que o valor médio da lista foi de R$ 360,90. O levantamento dos preços foi realizado em três supermercados do município, na segunda-feira, dia 4 de outubro.
Algumas das alterações mais significativas neste mês estão nos preços da cenoura e café. O legume teve um acréscimo de 34,9% no preço médio, passando de R$ 2,75 para R$ 3,71 em um mês. O que se observa, na comparação com as pesquisas de 2019 e 2020, é que o preço se mantém nessa linha nos anos anteriores, no mês de outubro.
Já o café teve 11,62% de incremento na comparação com setembro. O preço médio é de R$ 15,17 para o café moído de 500 gramas, enquanto que no mês passado era de R$ 13,59. Na comparação com outubro de 2020, a alta do preço do produto corresponde a 40,2%.
O aumento do preço do café tem sido gradual e especialistas já falavam sobre a possibilidade disso há alguns meses. Com as perdas nas lavouras, a oferta diminuiu, o que também colaborou para o incremento no valor final.
Em matéria publicada pela Agência Brasil, em agosto, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) já estimava uma alta de 35% a 40% até o fim de setembro em virtude da queda da produtividade devido às condições climáticas adversas e maior demanda do mercado externo.
QUEDA
Em contrapartida, o arroz segue em queda nos últimos meses, após apresentar preços nunca antes alcançados, como foi nos primeiros meses do ano. Em outubro, o preço médio do arroz de dois quilos é de R$ 7,97, ou seja, 2,13% a menos que setembro. Na comparação com o primeiro mês do ano, a queda é de 21,4%, já que o preço do pacote de dois quilos custava R$ 9,68, em média.
Os aposentados Albano e Lídia Sausen afirmam que notam um aumento geral no preço de todos os produtos. “A gente compra só o essencial, somente o que está precisando”, comenta Lídia. Moradores de Vila Palanque, eles produzem verduras e legumes na propriedade, o que contribui para que a economia seja possível. “Frutas também temos e alguma coisa de carne, assim dá pra economizar um pouco”, diz.