Desde ontem, o estacionamento rotativo de Venâncio Aires, administrado pela Rek Parking, passou a vigorar com aumento nos valores de tempos e de multas. O acréscimo gerou descontentamento de comerciantes do município, que agora pedem explicações e uma mudança de política da empresa, para que seja mais justa com os clientes.
O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Vilmar de Oliveira, comenta que um grupo de comerciantes se mostrou incomodado com o aumento e a entidade busca fazer algo que melhore este cenário. Na manhã de ontem, Oliveira conversou com o prefeito Jarbas da Rosa, para discutir e analisar a situação. Oliveira diz que o reajuste elevou muito os valores conforme os tempos de estacionamento e, princialmente, as multas. “Conversei com o prefeito e foi repassado que os valores estavam sem reajuste há dois anos. Por isso, agora tiveram esse aumento”, explica.
O presidente reforça que a diretoria da entidade e empresários conversaram sobre o assunto pelas redes sociais, para agilizar o processo. “Queremos uma revisão do contrato e adequações nas políticas da empresa, como acontece em outros municípios”, afirma. Oliveira comenta que Jarbas recebeu bem a reivindicação da Caciva, prometeu verificar e tornar públicas as justificativas da empresa para o incremento.
Reflexo nas vendas
Comerciantes e empresários de Venâncio Aires participam da mobilização e defendem que o reajuste prejudica as vendas do comércio e a permanência dos clientes em lojas. “A ideia é que tenha o mínimo possível de reajuste, já que é um momento complicado, de retomada da economia”, reforça o proprietário de uma loja de roupas infantis, Luís Carlos Stein. Ele afirma que o ideal seria a cobrança da diferença ao ultrapassar o valor adquirido e não a imposição de multas. “É mais justo para o consumidor e nos ajuda, pois assim a venda não é feita na correria. O cliente fica preocupado com o tempo e deixa de comprar, muitas vezes”, afirma.
O proprietário de uma ótica de Venâncio Aires, Luis Carlos Costa, pede que revejam o contrato com atenção. “Mesmo que seja um contrato antigo, a empresa deve mudar suas políticas e se adequar aos consumidores. Achei o reajuste bem alto e me preocupo com o comércio local”, comenta.
Contrato público
O prefeito Jarbas da Rosa afirma que o contrato com a empresa foi feito há quatro anos, por meio de licitação e, por ser público, deve ser cumprido, conforme o que foi estabelecido. O contrato vigora até 2023. “A empresa estava há dois anos sem reajuste, por isso reivindicaram e, caso isso não fosse cumprido, iriam procurar a Justiça”, explica.
Jarbas reitera que um acordo já foi feito com a empresa para que o reajuste fosse pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e não como vinha sendo feito, pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). Com essa troca, a majoração, que seria de 33%, baixou para pouco mais de 11%. “Já foi um grande ganho conseguir esse acordo, que foi feito entre o departamento jurídico da Prefeitura e da Rek Parking”, salienta. Agora, o prefeito observa que o contrato deve ser cumprido, e mudanças só poderão ser feitas após o vencimento dele.
Valores antigos e novos
• 10 minutos: tolerância
• 30 minutos: de R$ 1 para R$ 1,10
• 60 minutos: de R$ 2 para R$ 2,25
• 90 minutos: de R$ 3 para R$ 3,35
• 120 minutos: de R$ 4 para R$ 4,50
• 150 minutos: de R$ 5 para R$ 5,65
• 180 minutos: de R$ 6 para R$ 6,75
• Carros sem ticket: multa de R$ 12 para R$ 16,55
• Carros com ticket vencido: multa de R$ 6 para R$ 8,30
LEIA MAIS:
