Em Travessão Mariante, no interior de Venâncio Aires, a família Gonçalves se dedica à produção de tabaco. Ricardo, 43 anos, e Elisane, 42, começaram com a própria lavoura em 2004. Antes disso, a vida no meio rural já era algo comum desde a infância na casa dos pais, que também eram fumicultores.
Não foi diferente com os filhos deles, Henrique, 22 anos, e Érica, 19, que desde muito cedo aprenderam a participar e valorizar a lida no campo. Por mais que tenham optado por estudar e se dedicar a outros ramos profissionais, os dois seguem auxiliando os pais na lavoura. Henrique é técnico agropecuário e já atua na área. Érica trabalha na produção de tabaco e estuda Letras pelo Centro Universitário Uninter.
Henrique não fez grandes mudanças no momento da escolha profissional, já que o dia a dia de trabalho segue no meio rural, no atendimento a produtores. Além disso, as férias devem ser destinadas para auxiliar no serviço da lavoura. “Eu gosto muito desse lugar. Já morei fora um tempo para estudar e parece que, quando a gente sai, valoriza ainda mais”, conta.
Já Érica diz que a vontade é de concluir o curso superior para dar aulas, mas não quer deixar de lado a produção. Hoje, ela trabalha junto com os pais e é a responsável por dirigir o trator. “A gente cresceu aqui, viu as dificuldades e aprendeu a dar valor. Eu gosto de ajudar na lavoura e quero continuar”, enfatiza.
SAFRA
Neste ano, a família plantou 70 mil pés de tabaco em uma área de cinco hectares e, há duas semanas, começou o processo de colheita. A produção é toda comercializada para a China Brasil Tabacos. “Não dá pra reclamar neste ano. O tempo ajudou, foi melhor que no ano passado”, destaca Ricardo.
Desde 2019, a família conta com um trator e outros equipamentos para auxiliar no serviço, antes disso, o transporte dentro da lavoura era feito com bois. “Já conseguimos evoluir e não temos saudade de antes, era muito mais difícil. O próximo passo agora é investir em um forno elétrico”, completa o produtor.
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