Alphorria Black Day marca os 10 anos da entidade

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A ONG Alphorria promove amanhã, 19, o Alphorria Black Day, em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra e dos 10 anos de fundação da entidade. O evento tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Esportes, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Folha do Mate e IMX Sport.

Realizado no Morada Velha, no Parque do Chimarrão, o show começa às 20h. Além do show da banda da ONG Alphorria, também está confirmada a presença da historiadora Viviane Inês Weschenfelder. O valor do ingresso é um quilo de alimento não perecível para doação ao programa Mesa Brasil, com lotação máxima de 150 pessoas. As entradas podem ser reservadas por meio do telefone (51) 99663-8079. O evento também terá transmissão pelo Facebook da Prefeitura de Venâncio Aires.

A ONG Alphorria – Movimento dos Afrodescendentes de Venâncio Aires foi fundada em novembro de 2011, com o objetivo de fortalecer a luta pela igualdade racial no município, a partir de ações no âmbito educacional e cultural. Idealizada por um grupo da família Landim e demais colaboradores, vem realizando um trabalho de promoção da igualdade junto à comunidade.

É uma organização inclusiva com foco nas políticas públicas. Ao longo do tempo, desenvolveu eventos pontuais, como o Mulher Ativista em Destaque e o Alphorria Black Day.

TRANSFORMAÇÃO
Coordenadora da ONG, Ana Lúcia Landim reforça que a entidade trabalha questões que são universais e já atravessou as fronteiras do país por meio de seus ativistas. Por essa razão, agrega músicos e colaboradores de todos os lugares que queiram realizar um trabalho transformador, de combate ao racismo e valorização da cultura negra. “A ONG Alphorria tem caráter inter-racial, ou seja, agrega brancos e negros, por entender que combater o racismo deve ser um compromisso de toda a sociedade”, completa.

Na pandemia, muitos shows virtuais foram realizados, com arrecadação de alimentos para a população mais vulnerável. A banda da ONG Alphorria ensaia periodicamente e realiza shows em formato presencial e, na pandemia, em lives, levando arte negra e reflexão ao público. Contatos para shows podem ser feitos pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (51) 99663-8079 e (51) 99723-0311.

O repertório da banda tem ênfase na música negra, mescla músicas nacionais e internacionais, cuidadosamente pesquisadas, sempre levando uma mensagem de resistência e esperança. O Grupo de Estudos Alphorria é um grupo aberto e reúne-se mensalmente para estudar e discutir a temática racial e suas interfaces com temas contemporâneos.

DÉCADA DE AVANÇOS
Vários avanços importantes podem ser citados nesta uma década de atuação pelo reconhecimento alcançado pelo trabalho que é desenvolvido. “Somos protagonistas em quase tudo que se refere à igualdade racial no município. Vale destacar a proposição do projeto para cotas nos concursos públicos municipais, que conquistamos em 2019. Se percebe um aumento na autoestima da população negra na comunidade, bem como, gradativamente, são agregadas mais pessoas não negras como aliados na luta pelo combate ao racismo”, ressalta Ana Lúcia.

Prêmios e trabalho

• A ONG já foi agraciada com prêmios estaduais. A valorização da cultura afro também é trabalhada pelos integrantes nas universidades e escolas. “A ONG Alphorria segue resistindo nas questões de raça e gênero, fazendo um trabalho incessante no sentido de titularidade e empoderamento”, conclui. O trabalho da ONG Alphorria pode ser acompanhado pelas páginas no Facebook e YouTube.

IGUALDADE

1 Desde a sua fundação, a ONG Alphorria é composta por ativistas negros e brancos. Isso porque todas as pessoas que querem contribuir são bem-vindas, há muitas possibilidades de somar esforços.

2 A entidade acredita que a igualdade racial somente poderá ser alcançada se todos se comprometem com a justiça e combaterem juntos o racismo.

3 Ana Lúcia Landim, coordenadora do grupo e uma das fundadoras, ressalta que “assumir uma postura antirracista exige das pessoas brancas uma compreensão do racismo e uma sensibilidade no olhar”.

4 Ela explica que a maioria das pessoas brancas não são educadas para perceber as mazelas do racismo, nem refletir sobre seus atos racistas e isso faz com que as pessoas brancas não reconheçam seus privilégios em relação às pessoas negras. “Neste sentido, reconhecer a desigualdade brasileira, respeitar o trabalho dos movimentos sociais negros e ouvir o que as pessoas negras têm a dizer, é um bom começo”, cita.

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Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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