A maioria dos atletas de verão anda malhando bastante durante suas três ou quatro semanas de férias. Entretanto, na medida em que vão reassumindo as atividades do dia a dia, as caminhadas, a prática de algum esporte ou a ginástica também vão sendo deixadas de lado. Esta é a velha rotina da maioria das pessoas. Com isto, haverá uma diminuição do desgaste calórico, enquanto a alimentação costuma se manter farta. O resultado virá na forma do famigerado aumento do peso corporal.
Este exemplo permite observar que a obesidade costuma ser o resultado de uma combinação de hábitos alimentares inadequados e um estilo de vida sedentário. Estudos amplamente divulgados mostram que as complicações causadas pela obesidade tendem a ser mais graves do que aquelas produzidas pela própria desnutrição. Uma série de doenças, como diabetes, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e hipertensão arterial estão diretamente relacionadas com o excesso de peso e, além disto, cerca de um terço dos obesos costumam alimentar-se de forma compulsiva ou de maneira totalmente errada.
Há muito já se identificou o sedentarismo como uma das principais causas do aparecimento da obesidade. Nada mais justo do que permitir que o organismo comece a gastar mais energia e consiga um melhor condicionamento físico. Pode-se mobilizar gordura abdomino-visceral, melhorar o condicionamento físico, diminuir a pressão sanguínea, diminuir a necessidade diária de insulina e também a sensação de fome. Todos sabem que perder peso é uma tarefa árdua. Mas sua manutenção, a longo prazo, parece ser ainda mais difícil.
Vejamos algumas dicas para viver de forma um pouco mais saudável. Existe um conceito errôneo de que o obeso deveria perder muitos quilinhos em um curtíssimo espaço de tempo. Na realidade, isto pode gerar problemas de desnutrição, perda de massa muscular, sem uma adequada perda de gordura. A dieta não deve ser um componente isolado no tratamento da obesidade. Em primeiro lugar, será preciso assegurar uma boa orientação médica. Devem-se combinar hábitos alimentares ajustados com um adequado programa de exercícios físicos. Uma redução de 5% a 10% do peso corporal, quando mantido estável nestes valores, trará resultados muito mais benéficos do que uma perda de 20% recuperados alguns meses depois.
Não se deve esquecer que os exercícios devem iniciar com moderação. Depois, gradualmente pode-se estabelecer um aumento do seu tempo e da sua intensidade. Desta forma podem-se atingir os 40 minutos ao dia, pelo menos três vezes por semana.
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