Apenas 15%, que representam basicamente a instalação de sanitários, pisos e arremates. É isso que falta para concluir a obra da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) do bairro Xangrilá. São acabamentos e os quais podem ser concluídos nas próximos dois meses.
A retomada da obra ocorrerá porque a Prefeitura de Venâncio Aires recebeu, nesta sexta-feira, 7, autorização do Governo Federal para custear, com recursos próprios, o término do trabalho. A ideia de bancar do próprio bolso já vinha sendo tentada pela Administração há mais tempo, desde que a União não sinalizou mais sobre quando enviaria os cerca de R$ 600 mil que ainda lhe cabiam.
Esse atraso ocorre desde abril de 2020. “Vamos readequar o orçamento da Educação para fazer esse repasse de valores já nos próximos dias. Quando recomeçar, deve levar mais uns 60 dias”, projetou o prefeito Jarbas da Rosa. Futuramente, a expectativa é que a União devolva esse valor.
Depois terminada a obra do prédio, a Prefeitura vai abrir licitação para comprar equipamentos e móveis. São cerca de R$ 500 mil previstos para isso, conforme informou o prefeito. “Dependendo de como andar a obra, é possível ter a Emei totalmente pronta ainda no segundo semestre de 2022. Mas é mais provável que fique para o início de 2023.”
Sobre a forma de administrá-la, Jarbas da Rosa informou que, a princípio, a Emei será mantida pela própria Secretaria Municipal de Educação. O modelo de gestão compartilhada, que foi tentado na Emei Vó Helma, no bairro Brands, não está previsto.
Lista de espera
A Emei do bairro Xangrilá será a maior escola de educação infantil do município, com capacidade para atender até 188 crianças em tempo integral.
Localizada na esquina das ruas Albino Füss e Henrique Mylius, tem uma área de 1.510 metros quadrados e foi projetada no modelo Pró-Infância 1. São 11 salas de aula, além de refeitório, cozinha, lactário, sala de amamentação, área de recreação e almoxarifado.
Considerando os números atuais da lista de espera na rede municipal (276 crianças entre os níveis IB e III, já que o nível IA já tem vagas encaminhadas), a Emei Xangrilá reduziria em quase 70% a demanda. “O objetivo é zerar essa fila. Precisamos avançar o quanto antes nisso”, avaliou Jarbas.
Relembre
- Pelo cronograma inicial, a Emei deveria estar pronta desde meados de 2017. Segundo a Prefeitura informou, ainda em 2018, o atraso na obra aconteceu, principalmente, pelo entrave com a empresa anteriormente responsável pela obra e que alegou dificuldades financeiras.
- Sem cumprir os prazos, foram meses de obra parada em 2018. A Prefeitura notificou a empresa e posteriormente houve o distrato do contrato. Depois de novo processo licitatório, a Pellegrini & Pellegrini, de Lajeado, assumiu os trabalhos em agosto de 2019.
- A obra seguiu durante um tempo, mas em 2020, com o Governo Federal naturalmente priorizando a saúde devido à pandemia, a Prefeitura precisou bancar alguns atrasos e a contrapartida chegou a R$ 565 mil.
- Nos meses de obras paradas, o local também foi alvo de vandalismo e ocorreram furtos, principalmente de material elétrico. A obra está estimada em cerca de R$ 2,3 milhões. Quando foi projetada, em 2016, o valor inicial previa custos de R$ 1,6 milhão – aumento de quase 30%.