Em depoimento, suspeito de homicídio em Venâncio diz que a arma ‘disparou’

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Está preso preventivamente o suspeito de ter cometido o primeiro homicídio do ano em Venâncio Aires. Acompanhado por dois advogados, o homem de 37 anos se apresentou ontem à tarde na Delegacia de Polícia e, depois de prestar depoimento, foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). Ao delegado Vinícius Lourenço de Assunção, disse que a arma usada, uma pistola de fabricação eslovena, calibre 9 milímetros, disparou sozinha.

Durante o depoimento, que durou cerca de duas horas, ele deu detalhes dos momentos que antecederam a morte do aposentado Luís Carlos Becker, 55 anos. Ele relatou que na manhã da sexta-feira, 7, saiu para ir a Estrela (trabalha com ar-condicionado), e como sua moto estava estragada, foi com o carro da sua companheira, um Gol branco. Assim que começou a andar, escutou barulhos e viu que vinham do celular da companheira, que estava dentro do veículo. “Ele disse que olhou e viu que estavam entrando mensagens e como a senha é compartilhada, olhou. Ele disse que já estava desconfiado, pois sua companheira estava muita ‘fria’ com ele nos últimos dias”, revelou o delegado.

O investigado pelo crime declarou que estava quase em Lajeado e, ao ver as mensagens que, segundo ele, vinham do celular da vítima, decidiu voltar e ir falar com sua companheira. “Ao chegar em casa ele a questionou e ela confirmou que havia enviado mensagens e então ele disse que queria ir conversar com o homem”, resumiu. Com o Gol da mulher, o investigado foi até o bairro Cidade Nova (com a companheira na carona), mas garante que não sabia onde ele morava e que ela o guiou.

O crime

Ao chegar em frente à casa da vítima, na rua Leodete de Souza Maschio, no bairro Cidade Nova, o homem disse que desceu e garante que a arma estava na sua cintura. Eles discutiram e na sua versão, a vítima viu e tentou pagar a arma. “Então ele disse que conseguiu ficar com a pistola e que depois ela disparou seis tiros, em sequência”, disse o delegado, baseado no depoimento do suspeito.
Ainda segundo a versão de depoente, isso aconteceu porque este modelo de pistola não tem trava de segurança. Ele também disse em depoimento que antes dos tiros, deu duas coronhadas na cabeça da vítima.
Na sequência, o homem disse que ligou para um delegado, da DP de Lajeado, contou o que tinha acontecido e foi orientado a se apresentar na DP. Em depoimento, ele garantiu que veio à delegacia mas naquele momento o plantonista estava no local do crime, atendendo a ocorrência. Com isso, conta, foi embora, ligou para o advogado e avisou que se apresentaria nessa segunda.
De acordo com o delegado Vinícius, que representou pela prisão preventiva ainda na sexta-feira, o homem, provavelmente, será indiciado pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e por emboscada.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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