Pode-se dizer que já estamos familiarizados com a doação de sangue. Um outro tema extremamente atual e que de uma forma ou outra pode a estar dizendo respeito a qualquer um de nós, é a doação de órgãos. Há milhares de pessoas na fila de espera de um transplante, seja de córnea, de rim, coração, fígado ou pulmão. Qualquer um de nós ou nosso familiar, pode vir a precisar de um transplante.
Mas, o que vem a ser um transplante?
Com o transplante podemos substituir um órgão sem função de uma pessoa doente, por um outro, retirado de uma outra pessoa, um doador, que pode ser uma pessoa viva ou já com morte cerebral. Para alguém poder ser considerado doador, alguns critérios mínimos devem ser observados. Para isto faz-se uma série de exames, para avaliar a sua compatibilidade sanguínea e imunológica, ou seja, deve-se ter certeza de que a parte a ser implantada nesta pessoa realmente vai ser aceita pelo seu organismo. Deve-se excluir a presença de doenças infecciosas como sífilis. hepatite, AIDS, chagas e outras. Em geral, fumantes não podem ser doadores para transplante de pulmão.
Na prática existem poucos doadores. Isto acontece, porque no nosso meio ainda não é costume doar-se órgãos. O medo de falar em morte faz com que muitos evitem discutir este assunto.
Na verdade, a maioria de nós pode ser doador, a não ser que faça constar em um documento ”não ser doador de órgãos e tecidos”. Mas, mesmo sendo doador, os médicos somente irão retirar os órgãos para um transplante, se, e somente se, sua família o autorizar. Aqui se vê, que é muito importante, que a família tenha conhecimento quando alguém é doador e aprove a sua decisão. Isto somente irá acontecer, em caso de morte cerebral da pessoa. Pessoas em coma não podem ser doadoras, pois sempre existe a possibilidade destes pacientes saírem do coma. Uma retirada de órgãos a serem doados para outras pessoas somente poderá ser feita, em caso de parada definitiva e irreversível do cérebro. Isto deve ser comprovado por intermédio de uma série de exames bem elaborados que incluem avaliações neurológicas clínicos, eletroencefalograma ou arteriografia dos vasos cerebrais e tomografia computadorizada.
As despesas de todo o procedimento de retirada de órgãos e do próprio transplante são custeadas pelo sistema único de saúde. Em caso de um possível doador, os familiares ou o médico assistente devem entrar em contato com a central de transplantes da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, para iniciar todo o procedimento.
Como vocês podem ver, com a doação de órgãos, pode-se contribuir com a manutenção da vida ou da qualidade de vida de muitas outras pessoas.
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