Três sessões do júri estão agendadas para este mês no Fórum de Venâncio

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Quatro pessoas serão julgadas em três sessões que estão agendadas para serem realizadas este mês, no salão do Tribunal do Júri da Comarca de Venâncio Aires. Dois dos réus estão presos e segundo a denúncia do Ministério Público (MP), respondem por um assalto e duas tentativas de homicídio, praticados no mesmo dia. As outras duas sessões analisarão dois crimes contra a vida.

O primeiro julgamento acontece no dia 11 de março e levará ao banco dos réus Cristian Padilha, 27 anos, conhecido como Graxa; e Lucas Gabriel Franco Graeff, 25 anos, de apelido Kiko. A denúncia assinada pelo promotor Pedro Rui da Fontoura Porto diz que por volta das 12h do dia 19 de abril de 2016, a dupla praticou um assalto e duas tentativas de homicídio, em um espaço de uma hora. Uma terceira pessoa foi atingida por um tiro, mas não era o alvo dos denunciados.

Graxa e Kiko estão recolhidos na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). A denúncia do MP diz que eles preparavam uma emboscada para a vítima, que conduzia um VW Fox por uma via que liga a Avenida das Indústrias à RSC-287. A vítima tinha saído do trabalho e ia para casa almoçar, quando foi abordada pela dupla, que estava armada com um revólver.

Rendida, a vítima foi colocada no porta-malas do Fox e teve roubados um celular Iphone e R$ 350. Um dos assaltantes assumiu a direção do automóvel e a dupla seguiu em direção ao centro da cidade. Na rua Salvador Stein Goulart, próximo da Alliance One, o condutor parou e um dos ocupantes do carro deu tiros na direção de uma pessoa que andava na rua com uma bicicleta. Neste momento havia uma terceira pessoa no carro, mas ela não foi identificada.

O ciclista não foi alvejado e escapou dos atiradores. No entanto, um homem que caminhava nas proximidades foi atingido em um dos pés e precisou socorro médico.
Com a vítima do assalto ainda no porta-malas, o bando foi até Linha Tangerinas, onde parou o carro com a intenção de matá-la. “Queriam tirar a vida daquele homem, com medo de serem identificados, já que um deles chamou o outro pelo apelido”, explicou o Pedro Porto.

O homem foi tirado do porta-malas e atingido por três tiros. Um deles o atingiu no nariz, mas nenhum em pontos vitais e ele sobreviveu. O Fox foi localizado no mesmo dia, abandonado em Santa Cruz do Sul.

A defesa de Kiko será feita pelo advogado Carlos Heitor de Azeredo. Graxa terá em sua defesa a defensora pública Luciana Artus Schneider. A sessão começa às 9h e será presidida pelo juiz João Francisco Goulart Borges, que também será responsável pelos outros dois júris. O promotor Pedro Porto atua na acusação dos três julgamentos.

Tentativa

A segunda sessão será realizada no dia 18, a partir das 13h. A denúncia do promotor Pedro Porto levará ao banco dos réus Gabriel Luís Severo, 24 anos. Biel, como é conhecido, responde por uma tentativa de homicídio praticada na madrugada do dia 20 de janeiro de 2018, no centro da cidade.

Segundo o que foi apurado pela Polícia Civil, eram cerca de 4h quando Renato de Freitas Borges jogou um copo de vodka com energético em direção ao chão e os respingos molharam o carro de Biel, que havia estacionado no local havia pouco tempo. A denúncia diz que Biel saiu do local e voltou armado, desferindo tiros que atingiram o tórax de Borges.

A vítima foi socorrida por populares e encaminhada ao Hospital São Sebastião Mártir, onde permaneceu internada por três dias. A defensoria pública Luciana Artus Schneider fará a defesa do réu.

Homicídio

O último júri do mês trata de um homicídio, praticado no dia 11 de março de 2017, na localidade de Linha Sete Léguas, interior de Boqueirão do Leão. José Daniel Machado, o Jundiá, 35 anos, responde pela morte de Daniel da Rosa.

A denúncia diz que o crime foi praticado dentro da ‘Boate da Dete’, nos primeiros minutos da madrugada. A vítima foi morta com golpes de faca. Esta sessão será realizada no dia 23, a partir das 13h. A defesa também será feitas pelas defensora pública Luciana Artus Schneider.

“Eles tentaram matar a vítima do assalto pelo fato dela ter escutado um deles chamar o comparsa pelo apelido e garantir a impunidade dos crimes.”

pEDRO RUI DA FONTOURA PORTO
Promotor de Justiça, se referindo ao júri do dia 11



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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