Polícia tem suspeitas da autoria do furto de 2 toneladas de tabaco em Venâncio

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A Polícia Civil tem suspeitas da autoria de um audacioso furto de tabaco, praticado na madrugada de ontem, no interior de Venâncio Aires. Ladrões invadiram uma propriedade, arrombaram um galpão, cortaram fios de choque e duas cercas de arame e atravessaram um arroio para furtar 40 fardos de fumo, que pesam cerca de duas toneladas. O suspeito é um velho conhecido da Polícia Civil e da Brigada Militar, que é apontado como autor de outros furtos de tabaco e abigeatos.

A vítima é o agricultor Cerlo da Rosa, 72 anos. Morador de Vila Estância Nova, onde reside há 42 anos, ele e a esposa plantaram 55 mil mudas de tabaco nesta safra. Até a colheita, todo o serviço foi feito pelo casal, que também cria gado. Depois, por cerca de três meses, ele contratou um ‘peão’ para ajudar na colheita e no restante do trabalho.

Cerlo e a esposa residem em uma casa, às margens da RSC-287, e o galpão onde estava estocado o tabaco – e onde ele é sortido e enfardado – fica distante cerca de 80 metros, para a parte dos fundos da propriedade. O galpão estava trancado e para ter acesso aos fardos de fumo, os ladrões arrancaram duas tábuas, na lateral prédio.

Cada fardo pesa cerca de 50 quilos e eles foram transportados a uma distância de 300 metros. “Mas para ir daqui (galpão) até lá (um trilho feito em uma roça vizinha), os ladrões passaram por duas cercas e um arroio”, explicou a vítima. Por isso, o agricultor suspeita que cerca de quatro ou cinco pessoas participaram do furto.

Cerlo disse que para facilitar o transporte, eles cortaram três fios de choque e os arames das duas cercas. Ainda de acordo com o agricultor, os fardos foram colocados em um veículo, mas o barulho não despertou a sua atenção e nem dos vizinhos. “Até parece que alguém conhecia a propriedade”, comentaram amigos que estavam na propriedade de Rosa.

Além do furto das duas toneladas de tabaco, que causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil, Cerlo revelou que anos atrás foi vítima de um furto semelhante. “Foi bem parecido com esse. Dá até para dizer que as pessoas foram as mesmas”, comentou. Naquela oportunidade, ele ‘perdeu’ 50 arrobas de fumo BO1. Cerlo também já foi vítima de um abigeato.

Investigações

Assim que tomaram conhecimento do caso, policiais que atuam no serviço de inteligência da Brigada Militar e agentes do Setor de Investigações (SI) da Polícia Civil foram ao local. O delegado Felipe Staub Cano acompanhou os trabalhos e conversou com a vítima.

Pelos levantamentos feitos na propriedade, o veículo usado para transportar as duas toneladas de tabaco foi uma caminhonete de grande porte. O delegado Cano recolheu as etiquetas retiradas dos fardos de fumo, que foram deixados no local onde eles foram colocados no veículo.

O titular da Delegacia de Polícia disse que nesta época da venda do fumo, a PC faz um trabalho intensificado, para tentar coibir este tipo de ação. “E se acontecer o furto, como foi o caso, queremos recuperar o produto, prender e responsabilizar os envolvidos”, disse o delegado. Tudo é investigado.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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