Levantamento realizado pela Folha do Mate na tarde desta sexta-feira, 11, mostra que o valor médio da gasolina comum passou de R$ 6,695 para R$ 7,241, após anúncio de reajuste de preços feito pela Petrobras, na quinta-feira, 10. O aumento médio é de R$ 0,546 por litro em relação à pesquisa feita no dia anterior.
Os preços são distintos: chegam a R$ 7,689, mas também podem ser encontrados a R$ 6,899. Na pesquisa feita em 15 postos de combustíveis que concordaram em informar os valores que são praticados, a gasolina aditivada subiu R$ 0,551, saindo de R$ 6,817 para R$ 7,368. O menor valor é de R$ 6,999 e, o maior, de R$ 7,789 por litro.
Diesel
O diesel comum varia de R$ 5,999 a R$ 6,999. Já o preço do diesel S-10 fica entre R$ 6,099 e R$ 6,999.
Tanque cheio
Para encher um tanque de 45 litros, com gasolina comum, o consumidor terá que desembolsar R$ 325,84, considerando o valor médio de R$ 7,241. Para encher o tanque com gasolina aditivada, o custo será de R$ 331,56.
Durante a ronda realizada pela reportagem da Folha do Mate na tarde desta sexta-feira, 11, alguns postos informaram que possivelmente será feito um novo reajuste na próxima semana.
Fique por dentro
- A Petrobras anunciou na manhã de quinta-feira, 10, os reajustes de preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras. Os aumentos começaram a partir desta sexta-feira, 11. Após 57 dias sem majoração, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18%.
- Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras subiu de R$ 3,61 para R$ 4,51 o litro, um total de 24,9%. O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que teve o último ajuste de preços em 9 de outubro do ano passado, ou seja, há 152 dias, subiu de R$ 3,86 para R$ 4,48.
- De acordo com o professor e coordenador dos cursos de Economia e Relações Internacionais da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Bruno Mendelski, era questão de tempo o aumento por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia. “A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo e o maior de gás natural no mundo. Vimos historicamente que, quando existe um conflito em regiões fortes nesses quesitos, o preço tende a escalonar. Em menos de duas semanas de conflito, o preço do petróleo atingiu a maior alta desde 2008.”
- Apesar da disparada nas últimas semanas dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, a Petrobras informou que decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, fazendo monitoramento diário dos preços de petróleo. “A Petrobras adota, desde 2016, uma política de paridade dos preços, sendo assim, os combustíveis devem seguir uma elevação no Brasil e no restante do mundo”, projetou o professor.
- “Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse o comunicado oficial da Petrobras.