Estamos a seis meses da eleição de 2022, que vai eleger novos presidente, senadores, governadores e deputados federais e estaduais. E, como de costume, o pleito movimenta todas as cidades do país. Em Venâncio Aires, não é diferente. Faltando meio ano para o ‘encontro com a urna’, há um cenário provável de políticos ‘da casa’ que irão disputar os votos dos eleitores da Capital do Chimarrão, em 2 de outubro.
Três pré-candidaturas estão postas há muito tempo: os ex-prefeitos Giovane Wickert (PSB) e Airton Artus (PDT) e o ex-vice-prefeito Celso Krämer (Podemos) vão em busca de cadeiras na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Todos já tentaram chegar ao Palácio Farroupilha, mas não obtiveram sucesso. Será mais uma oportunidade para que Venâncio Aires eleja representante no parlamento.
E, na quinta-feira, 31, a reportagem da Folha do Mate apurou que a corrida por vaga na AL pode ter novidades. Valderindo Dirceu Rech, o Chico Rech, que recentemente se filiou ao PSC, confirmou a intenção de concorrer a deputado estadual. É a primeira vez que, oficialmente, algum político – que não os três já especulados – admite a possibilidade de colocar o seu nome à disposição do eleitorado de Venâncio.
Câmara Federal
Já a corrida por vaga na Câmara Federal, em Brasília, ainda carece de definições. Primeira política a ser especulada como pré-candidata, a vice-prefeita Izaura Landim (MDB) parecia disposta a encarar o desafio, mas o ímpeto reduziu nos últimos dias. Outro nome mencionado é o de Silvia Schirrmann (Podemos), que acompanhou Celso Krämer na saída do PTB. No entanto, nenhuma pré-candidatura foi oficializada.
Se há alguma outra pessoa com interesse de colocar o nome à disposição da comunidade, ainda não se manifestou. Tudo indica, no entanto, que as candidaturas não devem fugir dos nomes levados em consideração para esta matéria. Se nenhum for do agrado dos venâncio-airenses, os eleitores daqui terão que fazer escolhas por candidatos de fora do município, algo que, todos sabemos, acontece em todo processo eleitoral.
“Não me considero pré-candidata a absolutamente nada neste momento. Isso passa por uma definição partidária e, sobretudo, pessoal. Como eu não tenho isso claro pra mim, não sou pré-candidata.”
IZAURA LANDIM
especulada para concorrer
à Câmara Federal pelo MDB
Airton Artus (PDT), pré-candidato à AL
“A perspectiva eleitoral neste ano, para mim, é muito boa. Não só pelo fato de eu não ter me elegido por poucos votos, em 2018, mas também por estar mais preparado, com a campanha mais abrangente. Isso faz com que exista um sentimento muito solidário na comunidade. Também está claro que, depois de passados cinco anos, a população está vendo os avanços que Venâncio teve no meu governo. Fizemos uma série de projetos, nas mais diversas áreas, que foram revolucionários e, por isso, há um reconhecimento geral, agora, de que aquele período foi muito bom para a nossa cidade. Tivemos reflexos econômicos muito importantes e que vão refletir bastante no futuro. E claro, também o fato de eu ter me preparado, estudado a política rio-grandense, me credencia para que tenha uma candidatura sólida, competitiva e com muito apoio. Também sou o candidato único do PDT de Lajeado a Cachoeira do Sul, passando por todo o Vale do Rio Pardo, com mais de 20 municípios, e com muita força também na Região Metropolitana de Porto Alegre e no Litoral. Isso me assegura uma perspectiva muito boa de eleição em 2022.”
Giovane Wickert (PSB), pré-candidato à AL
“Agora que estamos a seis meses da eleição e deixei o cargo de secretário estadual adjunto de Obras e Habitação, vou conseguir me dedicar à pré-campanha. Vamos intensificar o trabalho, pois acredito que o PSB repete três deputados estaduais, com a chance de ampliar para quatro. Tenho a expectativa de estar entre estes três ou quatro eleitos, fazendo entre 23 mil e 25 mil votos. Com essa votação, a tendência é se eleger no PSB, e eu já fiz 22.260, em 2014, tendo feito 8,3 mil votos fora, na época como vice-prefeito. Agora, que já fui prefeito e tive a oportunidade de assumir o Cisvale e a AGCONP, representar Venâncio na Câmara Setorial do Tabaco e na Amprotabaco, além do trabalho como secretário adjunto de Estado, tenho boas possibilidades de me alastrar pelo Rio Grande. Na semana passada, por exemplo, cumpri um roteiro por 10 municípios. A expectativa para Venâncio é que possa repetir a votação de 2014, quando obtive quase 14 mil votos e me tornei o candidato mais votado dos últimos quatro pleitos. A tendência é ampliar para fora e, se repetir isso em Venâncio Aires, estarei na Assembleia a partir de janeiro.”
Celso Krämer (Podemos), pré-candidato à AL
“Estou vivendo este momento com bastante tranquilidade. O trabalho está acontecendo em todo o Rio Grande do Sul. A campanha, de fato, começa em agosto, mas neste período anterior a gente vai ajustando as alianças, os apoios e as dobradinhas. Só no Podemos já estou com oito dobradinhas confirmadas. Estamos avançando, porque eu entendo que precisa ser muito forte fora de Venâncio, atingindo o máximo possível de municípios para alcançar o objetivo, que é a cadeira de deputado. Tenho traçado metas, visitado várias cidades e trabalhado as emendas parlamentares do deputado federal Maurício Dziedricki. Isso me dá um conforto de chegada, algo que eu não tinha no passado. Antes era no peito e na raça, por amigos e conhecidos. Agora, temos uma estrutura forte de trabalho e também as emendas, além do apoio dos conhecidos, que já me garantiu 10 mil votos fora da nossa cidade. Acho que meu perfil de agricultor e empreendedor ajuda, assim como a dobradinha local com a Silvia Schirrmann. Já concorri três vezes e sei que não adianta só sonhar. Tem que trabalhar para os votos aparecerem. A expectativa é boa.”
Chico Rech (PSC), pré-candidato à AL
“A partir do momento em que houve a fusão do Democratas com o PSL, formando o União Brasil, a gente percebeu que o União Brasil não iria apoiar aquilo que a gente defende. Houve então uma debandada do partido em direção ao PL, mas nós optamos pelo PSC. E hoje, estamos nesta lista de pré-candidatos a deputado estadual. O fato é que a gente está aguardando as movimentações políticas e, na região, a gente vê uma deficiência de pré-candidaturas de direita, que apoiem o presidente Jair Bolsonaro, que apoiem os conceitos, aquilo que a gente defende. Temos conversado com as lideranças regionais para levar isso adiante. Temos que analisar todas as movimentações, mas se for pela causa, eu vou para o sacrifício. Tem muita coisa acontecendo, a política está um turbilhão e a gente sabia que ia ser assim. Não é nada pessoal, não é por vaidade. Tenho reiterado que o objetivo é o bem do coletivo e, para encarar, tem que ter o apoio de todos. A militância é contínua. Ali na frente a gente vai tomar a decisão em definitivo, mas o certo é que hoje a gente se coloca na condição de pré-candidato a deputado estadual pelo PSC.”
Silvia Schirrmann (Podemos), pré-candidata a federal
“As minhas expectativas são as melhores, por isso aceitei o convite do partido para concorrer a deputada federal. Estou trabalhando a dobradinha com o Celso Krämer há tempo, com total apoio do Podemos estadual. Vamos ter uma dobradinha local e, além disso, acredito no meu crescimento na política, pois fui a 11ª mais votada na eleição de 2020, para vereadora, sendo a segunda mulher mais votada. Acho que o momento é de projeção. Sei que tenho muitos votos na cidade e no interior. Precisamos de um deputado federal, para não ficarmos apenas correndo atrás dos que não são de Venâncio Aires. Venho de uma realidade muito simples e me coloco com facilidade no lugar das pessoas mais humildes. Sei que tenho muito trabalho pela frente, mas não me assusto, pois quando se tem um propósito verdadeiro, se consegue o apoio necessário. As pessoas sentem quando é de verdade. Minha simplicidade e carisma podem fazer a diferença. Com muita garra e força de vontade, vou mostrar ao povo que uma mulher simples, nascida e criada aqui, pode ser a representante de Venâncio Aires na Câmara Federal.”
- 2 de outubro é o dia das eleições gerais de 2022, quando os brasileiros irão às urnas, para escolher novos presidente, senadores, governadores e deputados federais e estaduais.
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