Com a chegada do outono e dos dias mais frios, a incidência de gripes, resfriados e desconfortos no corpo aumentam. Em consequência, quem sente diretamente a procura por mais atendimentos é o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Na terça-feira, 5, foram 1,4 mil atendimentos feitos em toda a rede de saúde pública de Venâncio ires, entre unidades de saúde, UPA e Hospital.
Na mesma manhã, a prefeitura de Venâncio Aires divulgou uma nota que informou sobre a superlotação na procura por atendimentos de saúde. Segundo o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, foi feito um diagnóstico em conjunto com o secretário de saúde, Tiago Quintana e o coordenador da UPA, Rodrigo da Silva. “O tempo foi chuvoso dias atrás, úmido e isso aumenta a procura por atendimentos de sinusites, rinites, dor de garganta e gripe”, reconhece Jarbas.
Somente das 7h até às 11h de terça, foram cerca de 100 atendimentos na UPA de Venâncio Aires. Pelas 11h15min da manhã de terça, eram 40 pessoas na fila de espera da unidade. A tentativa de amenizar o problema foi feita com o redirecionamento das pessoas para postos de saúde, já com médicos designados para atender; e outras também foram para o Pronto Atendimento (PA) do hospital, na intenção de desafogar a UPA rapidamente. Segundo Quintana, ainda na tarde da terça-feira, a grande procura por atendimentos permaneceu na UPA. Já nesta quarta-feira, 6, de acordo com ele, a demanda mostrou indícios de voltar à normalidade.
Vídeo e repercussão
Nas redes sociais repercute um vídeo que mostra como foi a terça-feira, 5, na UPA. Nele podem ser vistas pessoas em pé e sentadas aguardando atendimento e reclamando da demora. Uma das pessoas que aparece no vídeo é Brayan Felipe Soares Machado, de 27 anos, que levou o filho Noah, de 5 meses, para ser atendido na UPA na última terça-feira, 5. Brayan relatou à reportagem da Folha do Mate que já teria ido na UPA na segunda-feira, porém, quando o filho foi atendido, recebeu o disgnóstico de que estaria bem e no receituário foram indicados medicamentos básicos, como paracetamol. No entanto, na madrugada da terça-feira, Noah piorou e Brayan o levou novamente para a UPA às 7h, e neste dia, não conseguiu atendimento. Saiu do local às 10h30min, procurou pelo setor particular e lá, Noah foi diagnosticado com bronquiolite e então recebeu os medicamentos para tratamento correto. Brayan comenta que além da demora pelo atendimento, não recebeu a devida atenção dos profissionais, pois o filho não recebeu o diagnóstico preciso.
Em entrevista ao programa Terra Em Uma Hora, ontem, Quintana comentou sobre o vídeo e a superlotação da UPA. Ele afirma que o dia foi realmente atípico, pois nem nos piores dias da pandemia se acumularam tantas pessoas na unidade. No entanto, segundo ele, todos os atendimentos não eram de gravidade, provenientes de infecções e doenças respiratórias. No pico do dia, 55 pessoas chegaram a esperar por atendimento.
O secretário de Saúde comenta que na terça havia dois médicos na UPA, o que é o normal. “O problema existe, sobrecarregou e teve uma demora, não fugimos disso. Mas não vamos deixar assim, vamos resolver e fazer o que for preciso, se precisar de mais médicos, é isso que vamos fazer”, afirmou.
“A orientação é a população procurar a unidade de saúde mais próxima, para evitar uma lotação frequente na UPA, justamente por agora ser cada vez mais seguida a incidência de doenças respiratórias.”
JARBAS DA ROSA
Prefeito de Venâncio Aires
- 1,4 mil foi o número total de atendimentos em toda a rede de saúde de Venâncio Aires na terça-feira, 5. Destes, 269 foram somente na UPA. De acordo com o secretário Tiago Quintana, o normal é ter pouco mais de mil atendimentos diários em toda a rede.
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